quarta-feira, 16 de abril de 2014

Atividades de Graduação 2014.1 (15/04)

UESB - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA
LICENCIATURA EM LETRAS

Atenção, alunos! Eis as atividades que combinamos. Postar as atividades como comentário a este post. Boa Páscoa para todos!!!

TEORIA LITERÁRIA
Atividade 1: Ler o texto de Ivan Teixeira sobre o New Criticism, disponível nestes links: http://academiacontagensedeletras.weebly.com/uploads/5/0/3/0/5030226/new_criticism_por_ivan_teixeira.pdf
http://textoterritorio.pro.br/alexandrefaria/recortes/cult_fortunacritica_3.pdf

1. Quais foram as principais ideias do New Criticism, destacadas por Teixeira?

Atividade 2: Assistir à aula do Prof. Paul Fry na University of Yale, disponível neste link do Youtube pertencente ao canal oficial da referida universidade estadunidense: https://www.youtube.com/watch?v=47YyqXdrIhU
(Observação IMPORTANTE: no canto inferior direito do vídeo, clicar na ferramenta legendas - quadradinho branco - acionar o botão ATIVAR e selecionar o idioma português).

1. Qual o principal procedimento crítico de I. A. Richards, segundo Fry?
2. Qual o principal procedimento crítico de William Empson, segundo Fry?
3. Qual a principal diferença entre os dois críticos?


LITERATURA BRASILEIRA
Como é do saber público, o Prof. Camillo escreveu alguns verbetes na Wikipédia, dentre eles "Sentimentalismo" e "Romantismo na Literatura".

Atividade1: Ler o verbete Sentimentalismo e identificar as características do Sentimentalismo e ou Mal do Século na poesia de Álvares de Azevedo, citando versos que demonstrem o vínculo.

Atividade 2: Listar/Elaborar uma cronologia a partir das informações no texto Romantismo na Literatura (espere a página carregar totalmente, não mexa no mouse, pois o verbete é muito maior que a seção de Literatura, inclusive foi escrito por muitas pessoas).
Exemplo de Cronologia:
Cruz e Souza
1861 - Nascimento do poeta.
1869 - Ingresso na escola pública.
1871 - Matrícula no Ateneu Providencial Catarinense.
1881 - Fundação, com Virgílio Várzea e Santos Lostada, do jornal literário "Colombo".
1884 - Nova viagem ao Norte do país. Aclamações abolicionistas ao poeta na Bahia. 
1885 - Publica o livro de poemas em prosa "Tropos e Fantasias" em parceria com Virgílio Várzea. 
1891 - Conhece Gavita Rosa Gonçalves, costureira negra. 1893 - Publicação de "Missal", prosa, em fevereiro, e "Broquéis", poemas, agosto, pela Magalhães e Companhia. Em dezembro casa-se com Gavita e é nomeado praticante de arquivista na Central do Brasil.
1891 - Nascimento do primeiro filho. 
1896 - Morte do pai em Santa Catarina, com cerca de 90 anos. Loucura da mulher, no Rio.
1897 - Crise de tuberculose.
1898 - O poeta morre.

63 comentários:

  1. Universidades Estadual do Sudoeste da Bahia
    Aluna: Maria Nazareth Vieira Gimenez
    Graduação em Letras Vernáculas - 1º Semestre.
    Teoria Literária
    Atividade 1: Ler o texto de Ivan Teixeira sobre o New Criticism, disponível nestes links:
    1. Quais foram as principais ideias do New Criticism, destacadas por Teixeira?
    Resposta:
    Ivan Teixeira faz uma crítica sobre o New Criticism que é uma das principais correntes da crítica literária e das teorias poéticas. Onde traz consigo a questão de que a maior contribuição do new criticism para a leitura consciente do poema consiste na definição da autonomia do texto literário, que passou a ser entendido como uma entidade independente, livre das supostas relações determinantes da sociedade com o artista e deste com o texto.
    Eliot recusou a ideia de poesia como expressão da personalidade do poeta, concebendo-a como resultado consciente do trabalho do espírito, que organiza as experiências da personalidade. Em vez de entender o poema como consequência de sentimentos pessoais, Ele passou a encará-lo como uma forma de apropriação pessoal da tradição literária, em que a visão individual das coisas deve, essencialmente, se transformar em sabedoria técnica.
    Nasce daí uma das noções eliotianas mais influentes no new criticism e na crítica posterior: o correlato objetivo, cuja teorização se acha no ensaio “Hamlet and his problems”. Trata-se da criação de um conjunto de objetos, de uma série de eventos, de uma situação ou de uma paisagem com o poder de despertar no leitor a emoção desejada.
    Quanto mais íntima a relação entre os elementos do correlato objetivo e a vivacidade da emoção, tanto maior a eficácia do texto.
    As lições do Volume Understanding poety organizada por Cleanth Books e Robert Penn Warren consolidaram os critérios para uma leitura imanente do texto poético, propondo a ideia de que todo poema deve ser abordado comose fosse um pequeno drama, em que se destacam um falante, uma estória e sua transmissão a um suposto ouvinte. Ela é importante, pois segundo esta, o poema – seja lírico, satírico, épico ou dramático – comporta sempre uma pequena ficção, e como tal deve ser lido.
    Duas noções importantes do New Criticism são a falácia da intenção e a falácia da emoção. A falácia da intenção consiste na ideia de que o entendimento de um texto resulta da descoberta da intenção do autor ou da identificação de seus sentimentos. O new criticism acredita que a interpretação do texto não deve levar em conta as intenções do autor. Já a falácia da emoção consiste na ideia de que a análise do poema se confunde com o exame da emoção provocada por ele. Por essa perspectiva, falar da emoção da leitura equivaleria à interpretação do poema.

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  2. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
    Teoria Literária - Camillo Cavalcanti.
    Letras Vernáculas - 1º semestre.
    Marina Martins Pinchemel Amorim.
    Atividade 1: Ler o texto de Ivan Teixeira sobre o New Criticism.
    1. Quais foram as principais ideias do New Criticism, destacadas por Teixeira?

    I. New Criticism entende texto literário como independente das relações sociedade/artista e artista/texto, e mesmo assim sabe correlacionar o texto com seu autor.

    II. Correlato objetivo: T. S. Eliot, grande influência no New Criticism, passou a entender a poesia como uma “apropriação pessoal da tradição literária em que a visão individual das coisas deve, essencialmente, se transformar em sabedoria técnica” (TEIXEIRA, 1998). Dessa forma, ele renega que a poesia seja fruto dos sentimentos e experiências do poeta e assim aparece uma das características do New Criticism – o correlato objetivo. Ele é uma forma de provocar uma determinada emoção no leitor, sem precisar que o poeta use sua emoção, mas sua sensibilidade.

    III. Entendimento do poema como um drama ficcional: através de John Crowe Ramsom, que publicou New Criticism reunindo estudos de diversos seguidores do movimento, passou-se a considerar cada poema como um pequeno drama, com uma história fictícia, um falante e sua transmissão. Assim, mesmo que haja uma experiência pessoal do poeta implícita na poesia, ela é fictícia, não considerando a bibliografia do autor para análise.

    IV. Análise na tensão metafórica e paradoxal: exame da personificação de termos (tais como a lua) para transmitir ao leitor o sofrimento do eu-lírico ou qualquer outra emoção que seja objetivo do poeta.

    V. Falácia da intenção: ideia de que ao entender a intenção do autor ao escrever o poema, compreende-se o texto. O New Criticism discorda dessa falácia e também de que o entendimento do poema tenha relações com os sentimentos que o originou. Ele aponta que a compreensão acerca do texto deve ser objetiva, para que todas as pessoas possam ter as mesmas interpretações, excluindo a intenção do autor, analisando sua consciência estrutural no momento da criação.

    VI. Falácia da emoção: ideia de que a análise do poema seja a análise da emoção provocada por sua leitura. O New Criticism também é contra esse postulado, já confunde o que o poema faz com o que o poema realmente é. Analisar a emoção destina-se à psicologia, enquanto que à crítica cabe a investigação formal dos elementos que causam comoção.

    VII. Heresia da paráfrase: o senso comum acaba apontando que a decodificação do significado referencial do texto é o primordial para entender a leitura. O movimento do New Criticism condena a paráfrase porque não considera que o entendimento seja através na captação do seu significado lógico, mas na observação da estética.
    “Em síntese, cada passo da leitura deve se integrar a um sistema coeso de cognição, encaixar-se numa teoria. Assim como a paráfrase, evita-se também a message-hunting, isto é, a leitura que encara a poesia como mero instrumento de conteúdos ou sabedorias práticas. Pela perspectiva da ‘nova crítica’, a sabedoria da arte decorre, não da apreensão das mensagens, mas do convívio desinteressado com as formas que as engendra.” (TEIXEIRA, 1998)

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  4. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
    Letras Vernáculas – I semestre
    Teoria Literária
    Professor: Camillo Cavalcanti
    Aluna: Amanda Moreno Fonsêca de Andrade
    Atividade 1: Ler o texto sobre o New Criticism e relatar as principais idéias destacadas por Ivan Teixeira.
    Ivan Teixeira, ensaísta, crítico e professor, fez apontamentos sobre as principais contribuições do New Criticism, “novos críticos”, em uma série de artigos chamada de “Fortuna Crítica”. Teixeira afirma que a maior contribuição do New criticism para a leitura consciente do poema consiste na definição da autonomia do texto literário, que passou a ser entendido como uma entidade independente, livre das supostas relações determinantes da sociedade como o artista e desde com o texto. Para ele, os “novos críticos”, sempre souberam estabelecer ligações entre a obra e o autor, porém não em termos positivistas da abordagem tradicional.
    Como exemplo, citou T. S. Eliot, ensaísta, foi um dos primeiros críticos de língua inglesa a se formar de uma teoria diferente nas artes da escrita, onde expôs sua defesa no ensaio “Tradution and the individual talent.” No século XIX, Eliot se contrapôs a conhecida expressão de sentimentos em poemas para um jeito maduro envolvendo o fruto espiritual na passagem de textos do autor para o seu relato, ou seja ele recusou a idéia de poesia como uma forma de expressar os sentimentos do autor e resumiu o conceito para um resultado consciente do trabalho de espírito.Posteriormente nasceu desta teoria uma das nações eliotianas mais influentes no new criticism.
    Em 1941, Jhon Crowe Rampson publicou o livro New Criticism, que contém estudos sobre Eliot e outros críticos precursores, discorrendo deficiências e grandes conquistas de tais. Esta obra foi apontada não apenas para o nome do movimento, mas também pela sistematização de suas idéias. As lições deste edital consolidaram os críticos para uma leitura imanente do texto poético, propondo a idéia de que todo poema deve ser analisado com se fosse um pequeno drama, em que se destacam um falante, uma estória e sua transmissão de um ouvinte.
    No soneto “Aquela triste e leda madrugada” pode ser observado este modo reformulado de análise, onde ao invés de uma rotulação tradicional onde seria envolvida a passagem sobre a vida do autor, a correta apreciação do soneto deveria abandonar esta preocupação biográfica. A nova crítica ainda se preocuparia como exame de extensão metafórica e paradoxal entre os vocábulos. Este é considerado um dos traços formais que compõe a chamada textura do poema.
    O ensaio orientou-se também para duas noções importantes do new criticism: a falácia da intenção e a falácia da emoção. A falácia da intenção consiste na idéia de que o entendimento de um texto resulta da descoberta da intenção do autor ou da identificação de seus sentimentos, onde ao se perguntar “o que o autor quis dizer com isso?” está de maneira incorreta. Para o new criticism a interpretação de qualquer texto não é analisado segundo a sua origem, ou em que momento se passava o seu criador, mas sim no poder técnico da criação de texto, pelo sistema de uma teoria aplicável a qualquer texto e à disposição de qualquer pessoa com um mínimo de condições técnicas para o exercício da leitura.
    Já a falácia da emoção consiste na idéia de que a análise do poema se confunde com o exame da emoção provocada por ele. Por este modo, falar da emoção da leitura equivaleria à interpretação do poema. O New criticism recusa tal postura, pois a análise da emoção provocada pertence a psicologia, e cabe ao analista literário examiná-lo apenas como texto, e não os efeitos sobre tal.
    Os “novos críticos” condenaram a paráfrase como procedimento último da operação crítica. Recusam-na porque consideram que o verdadeiro entendimento de uma imagem não consiste na captação de seu significado lógico, e sim na percepção de sua configuração estética, na fruição de seu valor expressivo.

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  5. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
    Letras Vernáculas – 1 semestre
    Teoria Literária – Camillo Cavalcanti
    Aluna – Quesia de Oliveira Meira
    Atividade 1 - Quais foram as principais ideias do New Criticism, destacadas por Teixeira?
    -O texto literário passa a ser considerado, então, como uma entidade independente, livre de quaisquer que forem as relações ‘’hierárquicas’’ antes existentes entre sociedade, autor e deste com sua obra.
    -Eliot (um dos precursores na formulação de uma teoria objetiva da arte) não acreditava que a personalidade do autor, de fato, influenciasse a poesia. Ele via a poesia como um resultado consciente do espírito, ao organizar as experiências da personalidade.
    -Ao enxergar que o poema não era resultado dos sentimentos pessoais do autor, Eliot reconhece que só a visão individual das coisas pode se transformar em sabedoria técnica, surgindo, assim, umas das noções eliotianas mais influentes da nova crítica: o correlato objetivo.
    -Correlato objetivo > falando de uma forma um pouco grosseira, trata-se de uma ‘’técnica’’ em que é estudado passo a passo o objeto que o poeta vai usar, para então conseguir ‘’afetar’’ o auditório, da maneira desejada, através do poema. Como salientou Teixeira: ’’ Quanto mais íntima a relação entre os elementos do correlato objetivo e a vivacidade da emoção, tanto maior a eficácia do texto. ’’ O correlato objetivo tem interesse em concretizar a experiência do autor, sem que se confunda com os traços da personalidade do autor em si.

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    Respostas
    1. Continuação da Atividade 1- Quais foram as principais ideias do New Criticism, destacadas po Teixeira?

      -Ao enxergar que o poema não era resultado dos sentimentos pessoais do autor, Eliot reconhece que só a visão individual das coisas pode se transformar em sabedoria técnica, surgindo, assim, umas das noções eliotianas mais influentes da nova crítica: o correlato objetivo.
      -Correlato objetivo > falando de uma forma um pouco grosseira, trata-se de uma ‘’técnica’’ em que é estudado passo a passo o objeto que o poeta vai usar, para então conseguir ‘’afetar’’ o auditório, da maneira desejada, através do poema. Como salientou Teixeira: ’’ Quanto mais íntima a relação entre os elementos do correlato objetivo e a vivacidade da emoção, tanto maior a eficácia do texto. ’’ O correlato objetivo tem interesse em concretizar a experiência do autor, sem que se confunda com os traços da personalidade do autor em si.
      -No ano de 1941, John Crowe R. publicou o livro New Criticism, que consolidou os critérios para uma leitura imanente do texto poético, propondo que todo poema fosse lido como se fosse um pequeno drama, sendo destacado um falante, uma estória e sua transmissão ao seu, suposto, ouvinte. Esses critérios são importantíssimos já que, segundo eles, todo poema – seja lírico, satírico, épico ou dramático – sugere alguns traços de ficção, e é desse modo que ele deve ser lido. Teixeira exemplificou no soneto de Camões, observando que a crítica tradicional só conseguiria ler o soneto como se ele fosse um registro emotivo de um dado biográfico: ‘’ Partindo para o exílio da china, Camões despede-se de sua prima e amante (...)’’ sem se deter na configuração artística do texto, alguns críticos tradicionais, baseariam sua crítica na realidade...
      Segundo o New Criticism: os críticos tradicionais deveriam se desapegar dessa preocupação biográfica com o soneto e entendê-lo como uma obra ficcional que retrata a despedida.
      -Falácia da intenção e Falácia da emoção> Desenvolvidas em dois ensaios fundamentais para a criação da nova crítica, foram escritas por dois críticos: W.K. Winsatt e Monroe C. Beardsly. A falácia da intenção consiste na idéia de que o entendimento de um texto, resulta da descoberta da intenção do autor ou de seus sentimentos. Diante disto, Teixeira dá o exemplo: ‘’Se diante de uma imagem obscura, o leitor interroga: o que o autor quis dizer com isso?, está incorreto na falácia da intenção pois confunde o poema com sua origem.’’
      Já a falácia da emoção, consiste na idéia de que a análise do poema se confunde com o exame da emoção provocada por ele. Falar da emoção da leitura equivaleria à interpretação do poema. Esse é um velho pressuposto da crítica impressionista . O New Criticism recusa tal postura, baseado no argumento de que essa orientação confunde o que o poema faz, com aquilo que ele é. A análise da emoção provocada pela arte pertence à psicologia; à crítica compete a investigação formal do poema, procurando nele os elementos desencadeadores da emoção.
      -Heresia da Paráfrase> Os ‘’novos críticos’’ condenaram a paráfrase como procedimento último da operação crítica, muito embora a admitissem como passo provisório na iniciação do contato científico com o texto. Nesse sentindo, recusam a paráfrase porque consideram que o verdadeiro entendimento de uma imagem não consiste na captação do seu significado lógico, e sim na percepção de sua configuração estética, na fruição do seu valor expressivo.
      -Nova crítica no Brasil> Afrânio Coutinho foi um dos primeiros à incorporar princípios da nova crítica.

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  6. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
    Letras Vernáculas - 1 Semestre
    Teoria da Literatura - Camillo Cavalcanti
    Aluna - Quesia de Oliveira Meira

    Atividade 2 - Assistir à aula do Prof. Paul Fry na University of Yale.

    2.1-Qual o principal procedimento crítico de I. A. Richards, segundo Fry?

    -Segundo Fry, Richards baseava sua crítica, inicialmente, no afeto, em como a mente é afetada pela Literatura. Partindo desse ponto afetivo, Fry explica que seria impossível estudarmos Richards e não percebermos a grande influência que a Psicologia tem em sua base crítica, pois, o foco intelectual dele era justamente entender, não só como a mente é afetada pela Literatura, mas também, como a psique responde à Literatura, ou seja, o que é bom e ruim nas respostas psíquicas e assim por diante.
    Richards acreditava piamente na referência, ou seja, na maneira em que a linguagem realmente pode se ligar ao mundo, e, para ele, a essência da prática científica era a declaração verificável e falsificável. Um outro aspecto importante – de acordo com Fry - que nos faz perceber como Richards leva a ciência tão a sério, é que ele inverte a ideia de que é a arte que é autônoma. Ele diz que a ciência é autônoma e com isso, ele quer dizer que os fatos científicos podem ser descritos em forma de declaração, sem a necessidade de qualquer tipo de contexto psicológico ou dependência das variedades de necessidades humanas. Nesse sentido, eles são autônomos por serem uma declaração pura, organizada e sem influências de fatos ou falsidades. Richards diz: ‘’Declarar a ciência autônoma é muito diferente de subordinar todas as nossas atividades a ela.’’ Em um dado momento, Fry começa a explicar como Richards enxergava a poesia, a partir do que o próprio Richards diz sobre ela, ele diz: ‘’A poesia é capaz de nos salvar.’’ Ou seja, a poesia é capaz de fazer agora, o que a religião costumava fazer. Poesia não é mais verdadeira que a religião, mas ela pode ter a função da religião, de nos salvar. Fry salienta que Richards se agarrava a uma sensação importantíssima da poesia, que é a de harmonizar as necessidades conflitantes, pois esse é o papel da poesia, sendo assim, é isso que ela faz, traz paz psicológica.


    2.2 Qual o principal procedimento crítico de William Empson, segundo Fry?

    -De acordo com Fry, Empson - apesar de ser aluno de Richards – não se adapta a ideia de que tudo é sobre o leitor ou sobre a experiência do leitor na Literatura. Empson se interessa mais pela intencionalidade autoral, pois, para ele, a crítica literária é sempre um apelo à intenção autoral. Há também – continua Frey – para ele, uma espécie de movimento fluído e fácil pra frente e pra trás, entre o que, para os hermenêuticos, são três fenômenos diferentes: autor, texto, leitor. Empson acredita que é uma espécie de mistura sintética, que é, em última análise, um apelo ao autor, mas que envolve tanto o trabalho sobre o texto em si, como também compreende seus efeitos sobre o leitor.

    2.3 Qual a principal diferença entre os dois críticos?

    - O que distancia Empson de Richards – em termos de crítica literária – é pelo fato de que: enquanto Richards se interessa no afeto, em como a mente – do leitor – é afetada pelo o que se lê, Empson, por sua vez, se interessa na intenção do autor, pois para ele, a crítica literária é sempre um apelo à intenção autoral. Essa é apenas uma das divergências entre os dois, outra diferença importante que vale a pena observarmos é que, muito raramente Empson se preocupa com o todo de um texto. Ele se interessa na unidade do poema, na complexidade local dos efeitos. Para Empson, talvez a poesia não tenha como reconciliar as necessidades conflitantes, talvez ela seja a própria expressão do conflito irredutível das nossas necessidades, enquanto que Richards, a vê como a forma de nos salvar, por ter o poder de conseguir harmonizar as nossas necessidades conflitantes.

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  7. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
    Letras Vernáculas – 1 Semestre
    Teoria da Literatura – Camillo Cavalcanti
    Aluna – Quesia de Oliveira Meira
    Literatura Brasileira
    Atividade 1 : Ler o verbete Sentimentalismo e identificar as características do Sentimentalismo e/ou Mal do século na poesia de Álvares de Azevedo, citando versos que demonstrem o vínculo.
    O Poema Morena (segunda parte, face Caliban) faz parte da antologia poética ‘’Lira dos Vinte Aos’’. O Poema está organizado em 43 versos de 11 estrofes.
    Observemos o fragmento, acompanhando os devidos versos que possam demonstrar vínculo com: Sentimentalismo e/ou Mal do Século.

    ‘’É loucura, meu anjo, é loucura
    Os amores por anjos... eu sei!
    Foram sonhos, foi louca ternura
    Esse amor que a teus pés derramei!’’

    Nota-se que quando o eu lírico se dirige à amada chamando-a de anjo, destacam-se dois aspectos importantes: anjos são seres distantes, possuem algo que remete a pureza, a coisas inatingíveis, à coisas impossíveis, sendo pois, um amor impossível, características tanto do Mal do século quanto do Sentimentalismo.

    (. . . )
    Quando a vida nas dores é morta
    Ter amores nos sonhos é crime?
    É loucura: eu o sei! Mas que importa?
    Ai! morena! és tão bela!... perdi-me!

    (. . .)
    Morrerei, ó morena, em segredo!
    Um perdido na terra sou eu!
    Ai! teu sonho não morra tão cedo
    Como a vida em meu peito morreu!

    Nesses outros versos, o eu lírico se questiona se é crime sonhar. Por outro lado, ele parece perceber que não pode ficar com sua amada, sendo assim, a morte seria o único meio de acabar com esse sofrimento amoroso. Há a obsessão pela amada nesses versos, a melancolia; o eu lírico parece desgostoso com a vida, quando diz: ‘’Morrerei, ó morena, em segredo!
    Um perdido na terra, sou eu!’’

    Outro poema que tem a presença forte do Mal do século e do Sentimentalismo é ‘’O Poeta’’. Vejamos:


    ‘’ Era uma noite – eu dormia
    E nos meus sonhos revia

    As ilusões que sonhei!
    E no meu lado senti...
    Meu Deus! Por que não morri?
    Por que do sonho acordei?’’

    Percebe-se mais uma vez, o cenário noturno, o sentimento de dor, de desolação, o desejo de ter a amada, o sonho inatingível. Esse sentimento de estar sonhando, é algo que o eu lírico demonstra várias vezes. A tristeza ao acordar e ver que tudo não passou de um sonho. Sonho que é muitas vezes comparado à morte, pois tudo não passou de fantasia. Vê-se que o eu lírico vive essa dualidade de sentimentos, hora cercado por um cenário de amor/tristeza, morte/vida, belo/grotesco, dia/noite. Características fortes e marcante do Mal do século e do Sentimentalismo.

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  8. Universidades Estadual do Sudoeste da Bahia
    Aluna: Maria Nazareth Vieira Gimenez
    Graduação em Letras Vernáculas - 1º Semestre.
    Teoria Literária
    Atividade 2: Assistir à aula do Prof. Paul Fry na University of Yale, disponível neste link do Youtube pertencente ao canal oficial da referida universidade estadunidense.

    Respostas:
    1. Qual o principal procedimento crítico de I. A. Richards, segundo Fry?
    Para Richard, a leitura é sobre a experiência. Ou seja, a maneira em que a mente é afetada pelo que se lê. Ele fala sobre a psicologia humana, isto é, qual necessidade é respondida pela literatura, como a psique responde a literatura, o que é bom e ruim nas respostas psíquicas. Esse é o foco intelectual do trabalho de Richard.

    2. Qual o principal procedimento crítico de William Empson, segundo Fry?
    Ele faz a insistência em um complexo modo de ambiguidade que rege a passagem, e não a atmosfera.

    3. Qual a principal diferença entre os dois críticos?
    Em primeiro lugar, Empson não se adapta a ideia de que tudo é sobre o leitor ou sobre a experiência do leitor de literatura. Richards é um símbolo de figuras que está interessado na resposta do leitor, isto é, na forma em que podemos falar sobre a estrutura da experiência do leitor.

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  9. Universidades Estadual do Sudoeste da Bahia
    Aluna: Maria Nazareth Vieira Gimenez
    Graduação em Letras Vernáculas - 1º Semestre.

    Literatura Brasileira
    Atividade 1 : Ler o verbete Sentimentalismo e identificar as características do Sentimentalismo e/ou Mal do século na poesia de Álvares de Azevedo, citando versos que demonstrem o vínculo.

    Resposta:
    Pálida Inocência de Álvares de Azevedo

    Por que, pálida inocência,
    Os olhos teus em dormência
    A medo lanças em mim?
    No aperto de minha mão
    Que sonho do coração
    Tremeu-te os seios assim?

    E tuas falas divinas
    Em que amor lânguida afinas
    Em que lânguido sonhar?
    E dormindo sem receio
    Por que geme no teu seio
    Ansioso suspirar?

    Inocência! Quem dissera
    De tua azul primavera
    As tuas brisas de amor!
    Oh! quem teus lábios sentira
    E que trêmulo te abrira
    Dos sonhos a tua flor!

    Quem te dera a esperança
    De tua alma de criança,
    Que perfuma teu dormir!
    Quem dos sonhos te acordasse,
    Que num beijo t'embalasse
    Desmaiada no sentir!

    Quem te amasse! E um momento
    Respirando o teu alento
    Recendesse os lábios seus!
    Quem lera, divina e bela,
    Teu romance de donzela
    Cheio de amor e de Deus!

    Em Pálida Inocência de Álvares de Azevedo podemos perceber a relação entre a mulher amada e a cor branca: Pálida, lânguida, divina, tremeu-te. Notam-se também sentimentos imperativos: paixão, medo e amor.

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    1. A atividade pede para citar versos (poderiam ser de diferentes poemas de A. Azevedo) que expressem as características do mal-do-século. Cf. o post de Stefane Leite

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  10. Universidades Estadual do Sudoeste da Bahia
    Aluna: Maria Nazareth Vieira Gimenez
    Graduação em Letras Vernáculas - 1º Semestre.

    Atividade 2: Listar/Elaborar uma cronologia a partir das informações no texto Romantismo na Literatura (espere a página carregar totalmente, não mexa no mouse, pois o verbete é muito maior que a seção de Literatura, inclusive foi escrito por muitas pessoas).

    Resposta:

    Romantismo:
    XIII - O culto à natureza e à imaginação já havia começado com os escoceses, surgiram as primeiras histórias de cavaleiros e donzelas, em verso;
    XVII - A origem do que viria a ser conhecido como "Romantismo", fora plantada neste século, quando o "espírito clássico" começaria a ser contestado na Grã-Bretanha;
    XVIII- Surgimento do Romantismo como um movimento artístico, político e filosófico na Europa, marcado pelo pela objetividade, pelo iluminismo e pela razão;
    XIX- Romantismo marcado pelo lirismo, pela subjetividade, pela emoção e pelo eu.
    1822- No Brasil, o romantismo coincidiu com a Independência política do Brasil, com o Primeiro reinado, com a guerra do Paraguai e com a campanha abolicionista;

    Romantismo na Literatura:
    O Romantismo surge na literatura quando os escritores trocam o mecenato aristocrático pelo editor, precisando assim cativar um público leitor. A história do Romantismo literário é bastante controversa.
    Em primeiro lugar, as manifestações em poesia e prosa popular na Inglaterra são os primeiros antecedentes, embora sejam consideradas "pré-românticas" em sentido lato. Os autores ingleses mais conhecidos desse pré-Romantismo "extra-oficial" são:
    1793- William Blake (cujo misticismo latente em The Marriage of Heaven and Hell - O Casamento do Céu e Inferno, atravessará o Romantismo até o Simbolismo)
    1795- Edward Young (cujos Night Thoughts - Pensamentos Noturnos, 1742, re-editados por Blake em, influenciarão o Ultra-Romantismo)ao lado de James Thomson, William Cowper e Robert Burns;
    1798- O Romantismo "oficial" é reconhecido nas figuras de Coleridge e Wordsworth (Lyrical Ballads - Baladas Líricas), fundadores;
    1817- Shelley (Hymn to Intellectual Beauty - Hino à Beleza Intelectual);
    1817- Keats (Endymion), após o Romantismo de Jena;
    1818- Byron (Childe Harold's Pilgrimage, Peregrinação de Childe Harold);
    Em segundo lugar, os alemães procuraram renovar sua literatura através do retorno à natureza e à essência humana, com assídua recorrência ao "pré-Romantismo extra-oficial" da Inglaterra. Esses escritores alemães formaram o movimento Sturm und Drang (tempestade e ímpeto), donde surge então, mergulhado no sentimentalismo, o pré-Romantismo "oficial", isto é, conforme as convenções historiográficas:
    1773- Herder (Auszug aus einem Briefwechsel über Ossian und die Lieder alter Völker - Extrato da correspondência sobre Ossian e as canções dos povos antigos);
    1774- Goethe (Die Leiden des Jungen Werther - O Sofrimento do Jovem Werther);
    1785- Schiller (An die Freude - Ode à Alegria).
    Eles formam a Tríade. Alguns jovens alemães, como Schegel e Novalis, com novos ideais artísticos, afirmam que a literatura, enquanto arte literária, precisa expressar não só o sentimento como também o pensamento, fundidos na ironia e na auto-reflexão. Era o Romantismo de Jena, o único Romantismo autêntico em nível internacional.
    Em terceiro lugar, a difusão européia do Romantismo tomou como românticas as formas pré-românticas da Inglaterra e da Alemanha, privilegiando, portanto, apenas o sentimentalismo em detrimento da complicada reflexão do Romantismo de Jena. Por isso, mundialmente, o Romantismo é uma extensão do pré-Romantismo. Assim, na França, destacam-se Stendhal, Hugo e Musset; na Itália Leopardi e Manzoni; em Portugal Garrett e Herculano; na Espanha Espronceda e Zorilla.
    Tendo o liberalismo como referência ideológica, o Romantismo renega as formas rígidas da literatura, como versos de métrica exata. O romance se torna o gênero narrativo preferencial, em oposição à epopéia. É a superação da retórica, tão valorizada pelos clássicos.

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  11. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
    Aluna: Jeane Silva Lima
    Graduação em Letras Vernáculas - 1º Semestre.
    Teoria Literária
    Atividade 1: Ler o texto de Ivan Teixeira sobre o New Criticism, disponível nestes links:
    1. Quais foram as principais idéias do New Criticism, destacadas por Teixeira?
    Resposta:
    Até New Criticism apareceu na cena da crítica literária, a maioria dos críticos que analisam a literatura com base em todo o corpo do autor do trabalho. A identidade de um autor e seus / suas tendências em seu corpo de trabalho seria aplicado para explicar uma obra particular.
    No entanto, New Criticism mudou o foco da análise literária de volta para o trabalho individual. Assim, da mesma forma quando se visita um museu de arte, a pessoa não usa a identidade do pintor para afirmar uma interpretação de uma bela pintura, não se deve julgar um livro pela capa (que quase sempre contém o nome do autor). Em vez disso, deve-se ler e reler a obra, considerando características cuidadosamente importantes, tais como os padrões de repetição, imagem, padrões de som e detalhes minuciosos; de acordo com esta escola de pensamento, cada detalhe unifica a obra literária. Não se deve considerar a obra em seu contexto social; literatura é uma forma de arte, e não um tratado político, social ou moral, como a literatura não é a intenção de representar a realidade.
    Outra faceta interessante do New Criticism é que os personagens também são alienados da realidade. Assim, não se deve analisar um personagem baseado em considerações psicológicas (por a abordagem freudiana) ou baseado em arquétipos em vez disso, deve-se ver como personagens simbólicos de um determinado tipo de pessoa, grupo de pessoas, o estado mental, etc
    Novos Críticos considerar fatores como a forma como a organização do trabalho afeta o seu significado, a sua trama, prenunciando, como os autores gerenciar passagem do tempo, o uso da natureza (por exemplo, verão e inverno), as metáforas prolongadas, dicção, denotação, conotação, tipo de linguagem (comprimido, sugestivo, multi-nivelado), simbolismo, ponto de vista, e tensão (que é criado pela ambigüidade).
    Outra extensão do New Criticism é evitar tudo paráfrase (como se perde a linguagem precisa do autor), a afirmação da intenção autoral (para só se pode ver o trabalho como uma obra de arte), biografia e resposta emocional do leitor, que é muito subjetiva para suportar os rigores de uma nova abordagem crítica.
    Apesar das grandes contribuições do New Criticism a análise literária, o movimento ainda tem seus críticos. A maioria dos leitores não se sentem confortáveis com a eliminação de valor emocional de literatura e substituindo resposta emocional com análise fria. Além disso, é difícil se desfazer de uma obra a partir de seu contexto histórico ou autoral sem perder pelo menos um pouco significado.

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  13. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
    Letras Vernáculas – 1 Semestre
    Teoria da Literatura – Camillo Cavalcanti
    Aluna – Quesia de Oliveira Meira

    Literatura Brasileira - Atividade 2: Listar/Elaborar uma cronologia a partir das informações no texto Romantismo na Literatura (...)

    1742 – Na Inglaterra, surge o que se chama Pré-Romantismo ‘’extra-oficial’’, tendo Eduard Young (Pensamentos Noturnos) e Willian Blake (O Casamento do céu e Inferno), como os primeiros escritores.
    1798 – O Romantismo é ‘’oficialmente’’ reconhecido, tendo como fundadores: Coleridge e Wordsworth, que lançaram a obra conjunta (Baladas Líricas).
    1760 à 1780 – Surge o movimento literário Romântico alemão, denominado Sturn und Drong (Tempestade e ímpeto), tendo como fundadores: Goethe, Schiller e Herder, que formam juntos, a Tríade.
    - Romantismo na Música
    1815 até o início do século XX – As primeiras evidências do Romantismo na música aparecem nas canções de Beethoven.
    -Romantismo em Portugal
    1825 à 1870 – O Movimento literário Romântico durou cerca de 40 anos em Portugal, até a chegada da Questão Coimbrã.
    1825 à 1840 – Primeira geração do Romantismo em Portugal, tendo como seus principais autores: Almeida Garret (Camões), Alexandre Herculano e Antônio Feliciano de Castilho.
    1840 à 1860 – Segunda geração, ultra-Romântica em Portugal, tendo como seus principais autores: Camilo Castelo Branco e Soares de Passos.
    1860 à 1870 (aproximadamente) – Terceira geração pré-Realista em Portugal, tendo como seus principais autores: Júlio Dinis e João de Deus.
    -Romantismo no Brasil
    1836 à 1881:
    -Primeira Geração (1840/50): Indianista ou Nacionalista – Autores que se destacaram na época: Antônio Gonçalves Dias, Manuel de Araújo Porto Alegre e Domingos José Gonçalves de Magalhães.
    -Segunda Geração (1850/60): Ultrarromantismo ou Mal do Século – Autores que se destacaram na época: Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Junqueira Freire e Fagundes Varela.
    -Terceira Geração (1860/70): Condoreira – Autores que se destacaram na época: Castro Alves e Sousândrade.

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  14. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
    Teoria Literária - Camillo Cavalcanti.
    Letras Vernáculas - 1º semestre.
    Marina Martins Pinchemel Amorim.
    Atividade 2: Assistir à aula do Prof. Paul Fry na University of Yale.

    1. Qual o principal procedimento crítico de I. A. Richards, segundo Fry?
    I. A. Richards, segundo o professor Paul Fry em sua palestra na University of Yale, acredita que há uma base científica nos estudos literários. Isso é provado com sua inversão da ideia de que a arte seja autônoma, como acreditavam Sidney, Kant, Coleridge, Wilde e Winsatt. Ele determina a ciência como autônoma, sendo independente de uma necessidade humana, sem influência de quaisquer fatos. Em palavras de Richards: “Declarar a ciência autônoma é muito diferente de subordinar todas as nossas atividades a ela. Trata-se apenas de afirmar que até onde qualquer corpo de referências não tem distorções ele pertence à Ciência. No mínimo, pode-se afirmar que nenhuma referência pode ser distorcida se alguma vantagem for adquirida. E como há várias atividades humanas que necessitam de referências sem distorções, atividade científicas, se tiverem de ser satisfeitas, então existe outras inúmeras atividades humanas não menos importantes que, da mesma forma, exigem referências ou ficções distorcidas”.
    Sobre seu pensamento crítico, destacam-se o que ele determinou como “afirmação científica” e “declaração emotiva”. Esses termos são posteriormente substituídos, respectivamente, por “declaração”, para a ciência, e “pseudodeclaração” (ficção), para a poesia. Tudo é, além de falso, arcaico na poesia e Richards compreende isto por pseudodeclaração.
    Para Richards, tal qual a religião que tem como característica uma proposta de salvação, a poesia pode salvar o indivíduo. “A poesia é capaz de nos salvar” (I. A. Richards). Ele considera como missão da poesia, harmonizar as necessidades humanas. Unir todos os desejos dos seres, por mais que sejam complicados, e “sintetizá-los” em algo que seja equivalente à uma paz interior (psicológica).

    2. Qual o principal procedimento crítico de William Empson, segundo Fry?
    William Empson foi aluno de Richards durante a graduação. Nesse período, ele começou a desenvolver, com incentivo do professor, um trabalho sobre ambiguidade. Esse trabalho resultou no livro “Seven Types of Ambiguity”.
    O professor Paul Fry considera Empson como quase um comediante, por suas colocações na crítica serem tão divertidas, o que torna a leitura prazerosa e excitante. Ele diferencia-se dos demais críticos por fazer uma grande análise de pequenas partes do texto, enquanto que outros costumam analisar o todo. Empsom encontra ambiguidade em vários trechos de um texto literário e esmiúça-os, fazendo que a história seja mais clara para quem a lê.

    3. Qual a principal diferença entre os dois críticos?
    William Empson segue eu professor I. A. Richards no sentido da harmonia que ambos buscam com a sociedade alienadora. Entretanto, eles se diferenciam pela postura que Empson tem diante a certos aspectos, tais como: não crê que tudo é em torno do leitor ou da experiência dele com a literatura, como Richards diz. Ele se interessa pela intenção autoral mais do que nas experiências pessoais do leitor com a leitura do texto. Em palavras do professor Paul Fry: “Ou seja, para ele, a crítica literária é sempre um apelo à intenção autoral”. W. Empson não examina as intenções do autor, texto e leitor separadamente, e sim como uma mistura e uma interdependência entre eles.
    Empson – diferentemente não só de Richards como também de todos os outros críticos – em geral não se preocupa com o todo do texto, na unidade do poema. Ele analisa os trechos separadamente, de forma sistemática, e fica por conta de quem lê a crítica determinar se existe uma relação entre as análises feitas. Um outro ponto crucial é que ele admite que talvez a poesia não consiga “reconciliar” os conflitos dos opostos.

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  15. LITERATURA BRASILEIRA

    Atividade1: Ler o verbete Sentimentalismo e identificar as características do Sentimentalismo e ou Mal do Século na poesia de Álvares de Azevedo, citando versos que demonstrem o vínculo.

    Álvares de Azevedo: Álvares de Azevedo é o primeiro grande autor melancólico no Brasil. É ele quem transforma a amada num ente inatingível, sublimando o objeto e depreciando a si mesmo: a questão melancólica se instaura como problema fundamental. Nele, podemos observar a intrínseca relação entre a amada e a cor branca. A figura feminina se caracteriza por adjetivos como nívea, virgem e pálida, que determinam três aspectos essenciais de sua amada: imaterialidade, pureza e doença. O primeiro se manifesta pela sublimação e o conseqüente distanciamento face ao sujeito. A mulher conhece uma forma corpórea, porém altamente diáfana; é mais uma forma onírica e fantasmagórica do que material e física: o corpo existe, mas é intocável, intangível, quase abstrato. Trata-se de uma imagem, uma aparição, fruto da reiterada divinação do objeto. O segundo, regido pelo adjetivo virgem, sacraliza a amada, tornando-a um ente para louvação e adoração. Distante, a mulher evidentemente permanece imaculada, à medida que o sujeito não consegue alcançá-la. Não existem mais do que esperança ou desejo de conhecê-la carnalmente, e, como esse sonho não se realiza, ela queda livre do contato humano. O terceiro aspecto é a palidez. Não só dá à amada brancura como também morbidez. Ela está sempre no liame entre a vida e a morte, num átimo para tornar-se apenas espírito, sem o caráter carnal (que lhe é escasso). Na poesia de Álvares de Azevedo, pálida é sinônimo de doentia. Sua lírica é a narração do estado doentio antes da morte, dos últimos suspiros tanto do EU - lírico quanto da amada. A amada, longe e indiferente, nunca lhe deu um instante de alegria. Recolhendo alguns versos de Álvares de Azevedo, pode-se traçar um retrato mais detalhado da amada. Note-se que os três aspectos - níveo, virgem e pálida - se confundem na divinação do objeto:

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  17. Continuidade da Atividade 1 - Literatura Brasileira

    A HARMONIA (AZEVEDO, 1996: 24): Nos sonhos virginais senti ao menos / Tua pálida sombra vaporosa VIRGEM MORTA (AZEVEDO, 1996: 31-32): Ó minha amante, minha doce virgem, / Eu não te profanei, e dormes pura: / No sono do mistério, qual na vida / Podes sonhar apenas na ventura. // ''Bem cedo ao menos eu serei contigo / - Na dor do coração a morte leio... / Poderei amanhã, talvez, meus lábios / Da irmã dos anjos encostar no seio. /
    SAUDADES (AZEVEDO, 1996: 30): Eu sentia a tremer, e a transluzir-lhe / Nos olhos negros a alma inocentinha / E uma furtiva lágrima rolando / Da face dela umedecer a minha! /E quantas vezes o luar tardio / Não viu nossos amores inocentes? / Não embalou-se da morena virgem / No suspirar nos cânticos ardentes? // E quantas vezes não dormi sonhando / Eterno amor, eternas as venturas, / E que o céu ia abrir-se, e que entre os anjos / Eu ia despertar em noites puras? /
    DESPEDIDAS À... (AZEVEDO, 1996: 69-70): Se entrares, ó meu anjo, alguma vez / Na solidão onde eu sonhava em ti, / Ah! vota uma saudade aos belos dias / Que a teus joelhos pálido vivi! /
    POR MIM? (AZEVEDO, 1996: 75): Mas... eu sei! ... ai de mim? Eu vi na dança / Um olhar que em teus olhos se fitava... / Ouvi outro suspiro... d'esperança! / Mulher do meu amor, meu serafim, / Teu olhar, teu suspiro que matava... // Oh! não eram por mim!.
    A metáfora que liga a amada e o anjo é resultado da sublimação que não conhece limites: nívea, quase incorpórea, a mulher é elevada ao patamar do imaterial; virgem, conseqüentemente pura, é digna de uma posição angelical; pálida, ao mesmo tempo moribunda, torna-se cada vez mais inacessível. A idealização do objeto amado finca suas raízes no coração do melancólico, que transporta a figura feminina para o patamar de um amor não realizado.

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    1. Os versos citados constam do verbete da Wikipédia. É para você procurar os versos para citação.

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  19. Atividade 2: Listar/Elaborar uma cronologia a partir das informações no texto Romantismo na Literatura

    Primeiramente as manifestações em poesia e prosa popular na Inglaterra são os primeiros antecedentes. O Romantismo é um movimento cultural que dá seus primeiros passos na Europa em meados do século XVIII, com forte embasamento social e histórico. É expressão das profundas transformações que se observaram na Europa motivadas pela 1ª Revolução Industrial e, sobretudo, pela Revolução Francesa, em 1789. Desenvolve-se pelo século XIX, motivado pelo aparecimento da classe média e a popularização da cultura ou a construção de uma cultura de massa. Ideologicamente corresponde ao sentimento de decadência em que mergulha a Europa no período pós-napoleônico. Os românticos são movidos pelos princípios do individualismo, subjetivismo e da liberdade.

    1793- William Blake (cujo misticismo latente em O Casamento do Céu e Inferno, atravessará o Romantismo até o Simbolismo)

    1795- Edward Young (cujos - Pensamentos Noturnos, 1742, re-editados por Blake em, influenciarão o Ultra-Romantismo) ao lado de James Thomson, William Cowper e Robert Burns;

    1798- O Romantismo "oficial" é reconhecido nas figuras de Coleridge e Wordsworth (Baladas Líricas), fundadores;

    1817- Shelley (Hino à Beleza Intelectual);

    1817- Keats (Endymion), após o Romantismo de Jena;

    1818- Byron (Peregrinação de Childe Harold);

    Em segundo lugar, os alemães procuraram renovar sua literatura através do retorno à natureza e à essência humana, com assídua recorrência ao “Pré-Romantismo extra-oficial" da Inglaterra. Esses escritores alemães formaram o movimento (tempestade e ímpeto), donde surge então, mergulhado no sentimentalismo, o Pré-Romantismo "oficial", isto é, conforme as convenções historiográficas:

    1773- Herder (Extrato da correspondência sobre Ossian e as canções dos povos antigos);
    1774- Goethe ( O Sofrimento do Jovem Werther);
    1785- Schiller (Ode à Alegria).

    Eles formam a Tríade. Alguns jovens alemães, como Schegel e Novalis, com novos ideais artísticos, afirmam que a literatura, enquanto arte literária, precisa expressar não só o sentimento como também o pensamento, fundidos na ironia e na auto-reflexão. Era o Romantismo de Jena, o único Romantismo autêntico em nível internacional.

    Na terceira Fase dá-se a difusão européia do Romantismo tomou como românticas as formas pré-românticas da Inglaterra e da Alemanha, privilegiando, portanto, apenas o sentimentalismo em detrimento da complicada reflexão do Romantismo de Jena. Por isso, mundialmente, o Romantismo é uma extensão do Pré-Romantismo. Assim, na França, destacam-se Stendhal, Hugo e Musset; na Itália Leopardi e Manzoni; em Portugal Garrett e Herculano; na Espanha Espronceda e Zorilla.
    Tendo o liberalismo como referência ideológica, o Romantismo renega as formas rígidas da literatura, como versos de métrica exata.

    O romantismo é um movimento que vai contra o avanço da modernidade em termos da intensa racionalização e mecanização. É uma crítica à perda das perspectivas que fogem àquelas correlacionadas à razão. Por parte o romantismo nos mostra como bases de vida o amor e a liberdade.

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  20. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
    Letras Vernáculas – I semestre
    Teoria Literária
    Professor: Camillo Cavalcante
    Aluna: Amanda Moreno Fonsêca de Andrade
    Atividade 02: Assistir a aula do professor Paul Fry e responder as seguintes questões:
    1- Qual o principal procedimento crítico de I. A. Richards, segundo Fry?
    Fry aponta perspectivas de I. A. Richards na em sua análise perante a literatura, destacando entre alguns pontos, a sua idéia não compatível com a de outros escritores, que a ciência pode ser a base de um texto, e não apenas o sensitivo, onde no escrito há dois lados, o científico e o emotivo. O científico é o que se coincide com a verdade absoluta, ou seja considerada também um ponto de referência, para Richard a referência é essencial, e esta não poderás ser modificado caso haja alguma vantagem sobre tal. Dentre estes dois fatores, ele defende a causa que pseudodeclaração é a poesia, ou nome leve para não dizer ficção. Fora da realidade esta que acaba se tornando arcaica e complementada em seu conteúdos não verdades. E complementando sua teoria sobre a poesia, sua forma e palavras se tornam primitivas e primordiais ao que se refere. Os desejos que nas pessoas nascem são especulações sobre o que elas querem como verdade, a ciências pode dar a resposta para todos os questionamentos, porém o que se quer é algo fantasioso, que infelizmente, esta não pode responder ou demonstrar. Sua posição, também , à estes escritos poéticos é de compará-los a religião, não pelos dogmas ou críticas, mas sim pela sua responsabilidade, é o ato de salvar. Ao ler uma poesia, o leitor se torna sensível e pode se harmonizar as suas necessidades conflitantes.
    2- Qual o principal procedimento crítico de William Empson, segundo Fry?
    Willian Empson era matemático que mais tarde decidiu estudar inglês. Foi aluno de graduação de I. A. Richards, Empson mais tarde o procurou e propôs um trabalho sobre a ambigüidade, Richards opinou por ser uma grande idéia. No conceito de Fry, Empson é a pessoa mais cômica para se fazer uma crítica literária, onde as histórias em quadrinho lhe cairiam bem. O seu modo crítico é encantador e a cada trecho analisado é inovada uma idéia diferente. E quando Empson diz “A atmosfera existe e podemos falar dela de várias maneiras” ele explica isto e acrescenta sua complexidade para analisar cada ponto, cada frase contida no texto. Porém ele não adquire sua crítica de vez, são estudadas cada uma particularmente devagar, onde pretende obter a complexidade de cada fragmento, para que depois de compreendido ele avançar para outra parte.

    3- Qual a principal diferença entre os dois críticos?
    As diferenças entre I. A. Richards e William Empson se tornam em contraste nos seguintes pontos:
    Empson não se adapta a idéia de que tudo é sobre o leitor ou sobre a experiência do leitor de literatura. Richard afirma neste ponto que a experiência é tudo, aquilo que se lê se torna uma grande vivência aglomerada. Neste ponto, I. A. Richards pode ser comparado à Hans Robert Jauss e Stanley Fish que estão interessados na forma em que se pode falar sobre a estrutura de experiência do leitor. O aluno acadêmico de Richards se interessa pela intenção autoral do escritor, de onde o autor retirou inspirações para que seja transcrito algo. Outra coisa que o difere não apenas de Richards, é que ele não se interessa apenas pela unidade do poema, e sim apenas em falar o quanto puder de cada parte que pôde ser explorada calmamente.

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  22. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
    Letras Vernáculas – I semestre
    Teoria da literatura
    Professor: Camillo Cavalcante
    Aluna: Amanda Moreno Fonsêca de Andrade
    Literatura brasileira
    Atividade 01: Ler o verbete sobre sentimentalismo e identificar as características dele e/ou mal-do-século na poesia de Álvares de Azevedo, citando versos que demonstrem o vínculo.
    Nas poesias de Álvares de Azevedo são encontradas características próprias tanto do sentimentalismo quanto do mal-do-século. O amor tão explicito e visto por dois lados são perspectivas que podem ser observadas no seguinte poema do autor:
    Amor
    Amemos! Quero de amor
    viver no teu coração!
    Sofrer e amar essa dor
    E na tua palidez!
    E nos teus ardentes prantos
    Suspirar de languidez!
    Quero em teus lábios beber
    Os teus amores do céu,
    Quero em teu seio morrer
    No enlevo do seio teu!
    Quero viver d’esperança,
    Quero tremer e sentir!
    Na tua cheirosa trança
    Quero sonhar e dormir!
    Vem anjo, minha donzela,
    Minha’alma, meu coração”
    Que noite, que noite bela!
    Como é doce a viração!
    E entre os suspiros do vento
    Da noite ao mole frescor,
    Quero viver em momento,
    Morrer contigo de amor!
    Álvares de Azevedo
    O mal-do-século tem como característica o lado pálido, sombrio e escuro que estes podem ser encontrados nos seguintes trechos:
    “E na tua palidez!”
    “Quero em teu seio morrer...”
    “Que noite, que noite bela!”
    As palavras: palidez, morrer e noite, são de aspectos próprios das poesias de Álvaros de Azevedo.

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  23. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
    Letras Vernáculas – I semestre
    Teoria da literatura
    Professor: Camillo Cavalcanti
    Aluna: Amanda Moreno Fonsêca de Andrade
    Literatura brasileira
    Atividade 02: Listar/Elaborar uma cronologia a partir das informações do texto Romantismo na Literatura.
    Os autores mais conhecidos deste pré romantismo foram:
    1742 – Edward Young com Night Thoughts (Pensamentos noturnos).
    1793 – Willian Blake com The Marriage of Heaven and Hell (O Casamento do Céu e Inferno).
    O romantismo “oficial” é reconhecido em:
    1798 – Coleridge e Wordsworth com Lyrical Ballads (Baladas líricas).
    1817 – Shilley Com Hymm to Intellectual Beauty (Hino à beleza intellectual).
    1818 – Byron com Childe Harold’s Pilgrimage (Peregrinação de Childe Harold).
    Entre os séculos XVIII e XIX – Iniciou o romantismo na música com Bethoven (Ludwing Van Bethoven).
    1825 – O romantismo em Portugal acabara de chegar com a publicação do poema “Camões” de Almeida Garret que durou cerca de 40 anos.
    1825 à 1840 – Primeira geração do romantismo em Portugal.
    1840 á 1860 – Segunda geração, ultra-romântica, e tem como principais autores, Camilo Castelo Branco e Soares Passos.
    1860 à 1870 – Terceira geração, teve como principais autores: Júlio Dinis e João de Deus.
    O Romantismo no Brasil chegou por meio dos anos de 1836.
    1840 á 1850 – Primeira geração, conhecida também como nacionalista ou indianista, era voltada para a natureza e teve como principais autores Gonçalves Dias, Gonçalves de Magalhães e Araújo Porto Alegre.
    1850 à 1860 – Segunda geração, recebeu uma característica forte conhecida com mal-do-século, também ficou conhecida como Byroniana e Ultrarromantismo. Os principais autores deste período foram: Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela, Junqueira Freire e Pedro de Calasans.
    1860 á 1870 – Terceira geração, também ficou conhecida como Condoreira, sombolizada pelo Condor (uma ave). Os destaques deste período foram: Castro Alves, Sousândrade e Tobias Barreto.

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  24. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
    Letras Vernáculas - 1 Semestre
    Teoria da Literatura - Camillo Cavalcanti
    Aluno - Danilo Jesus

    Atividade 2 - Assistir à aula do Prof. Paul Fry na University of Yale

    1 - Qual o principal procedimento crítico de I. A. Richards, segundo Fry?

    Segundo o professor Paul Fry, I. A. Richards acredita que sendo a mente afetada por aquilo que lê as afirmações poéticas – a emoção que ela produz no leitor – não fazem parte do mundo real, mas sim do ficcional. Portanto, não precisam ser verificadas porque respondem aos caos dos nossos desejos psíquicos. Por isso, podem nos salvar e trazer a paz psicológica


    2 - Qual o principal procedimento crítico de William Empson, segundo Fry?

    Já sobre William Empson, Paul Frey diz que ele não acredita na unidade do texto, que tudo seja entendido a partir da experiência do leitor, mas que autor ao trabalhar a textura texto – “algo que pode ser descrito, que pode ser analisado”, que pode ser evidenciado – tem intenção influenciar o leitor.

    3. Qual a principal diferença entre os dois críticos?

    Empson se interessa pelos meios que o autor usa para afetar a mente do leitor, por isso diz que a há relação direta entre autor, texto e leitor.
    I. A. Richards Ver a poesia com ficção, expressão do caos dos nossos desejos psíquicos. Se para o primeiro a poesia a vista com resultado dos “conflitos humanos” para o segundo ela por ser ficcional e não precisar se verificável pode proporcionar nos a paz.

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  25. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
    Letras Vernáculas – 1 semestre
    Teoria Literária – Camillo Cavalcanti
    Aluno – Danilo de jesus
    Atividade 1 - Quais foram as principais ideias do New Criticism, destacadas por Teixeira?

    O texto literário é autônomo, livre de traços da personalidade do autor, é encarado como objeto de estudo, um claro enigma a ser decifrado através de um olhar minucioso dos elementos semânticos, dos meios técnicos ou formais que o autor usou para despertar no leitor a emoção desejada. – essa concepção esmaga de vez a ideia de que o enunciado poético pode ser interpretado pela luz negra do “achismo”

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  26. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
    Teoria Literária - Camillo Cavalcanti.
    Letras Vernáculas - 1º semestre.
    Keroly Mirelle Santos Brito

    1 - Quais foram as principais ideias do New Criticism, destacadas por Teixeira?
    1. Uma das ideias é a autonomia do texto onde é relatada a criação de um conjunto de objetos, eventos, situações ou paisagens para despertar no leitor uma emoção desejada. Fazendo com que o leitor se identifique com o texto, fazendo-o rir, chorar, zangar ou outros sentimentos. O texto deve funcionar como a concretização de uma experiência, sem se confundir com os traços da personalidade do autor. Onde tal deve operar com sensibilidade, e não com a própria emoção.
    2. Analise minuciosa do poema, lendo-o como uma ficção e não como algo bibliografo, de origem histórica, social, ou pensando no que o autor pretendia dizer ou a relação em que o leitor teria diante a obra.
    3. Ambiguidade do texto, onde o analista deve resolver tensões e ambiguidades, perceber as múltiplas interpretação que o poema pode ter.
    4. Outra ideia é as falácias da intenção e da emoção. “A falácia da intenção consiste na ideia de que o entendimento de um texto resulta da descoberta da intenção do autor ou da identificação de seus sentimentos”. Onde interpretação do texto não deve levar em conta as intenções ou emoções do autor. Assim não confunde o poema com sua origem. “A falácia da emoção consiste na ideia de que a análise do poema se confunde com o exame da emoção provocada por ele.” O New Criticism recusa tal análise, pois a função do analista é examinar o texto, e não seu efeito. E a emoção que está no texto é ficcional e não uma emoção vivida.
    5. Por ultimo a recusa da paráfrase, “porque consideram que o verdadeiro entendimento de uma imagem não consiste na captação de seu significado lógico, e sim na percepção de sua configuração estética, na fruição de seu valor expressivo.” Acham que um bom texto é aquele que tem um bom significado poético.

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  27. Atividade 2: Assistir à aula do Prof. Paul Fry na University of Yale, disponível neste link do Youtube pertencente ao canal oficial da referida universidade estadunidense:
    1. Qual o principal procedimento crítico de I. A. Richards, segundo Fry?
    Para Richards, segundo o professor Fry, a leitura é sobre a experiência. E ele se preocupa muito com a prática científica. Richards acha que a poesia, que por não poder ser verificada, ela é uma ficção. Um monte de mentiras. Ou seja, tudo na poesia é primitivo. É um regresso a uma forma anterior de pensar. Richards vê a poesia como uma respostas as necessidades em nossa formação psicológica que a ciência não pode dar. Ou seja, somos um caos de desejo. Então, como se pode ver, para ele tudo está direcionado ao leitor, sobre a sua experiência com a literatura e sua resposta ao ler tal coisa.
    2. Qual o principal procedimento crítico de William Empson, segundo Fry?
    Empson, escreveu um texto sobre ambiguidade e é sobre isso que ele se importa, sobre os vários sentidos que uma parte especifica do texto pode ter. Para Empson, segundo Fly, é importante a análise de todas as partes do texto. Ele também se interessa pela a evidência textual, e pela intenção autoral. E analisa todos os três fenômenos diferente. O autor, o texto e o leitor.
    3. Qual a principal diferença entre os dois críticos?
    Tem muitas, mas a mais importante, o que mais os distância um do outro, é que Richards se importa com todo o texto, com a unidade, o que o todo pode oferecer, como o leitor responde a leitura de um determinado texto. Diferentemente de Empson que só se interessa em falar o quanto pode, de certos efeitos locais de um texto. Ele sempre fala sobre algo, se aprofunda e passa para outra parte, ele está interessado na complexidade dos efeitos locais. E com o que o autor tem a oferecer no texto.

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  28. LITERATURA BRASILEIRA
    Como é do saber público, o Prof. Camillo escreveu alguns verbetes na Wikipédia, dentre eles "Sentimentalismo" e "Romantismo na Literatura".

    Atividade1: Ler o verbete Sentimentalismo e identificar as características do Sentimentalismo e ou Mal do Século na poesia de Álvares de Azevedo, citando versos que demonstrem o vínculo.

    Amor – Álvares de Azevedo.

    E na tua palidez
    E nos teus ardentes prantos
    Suspirar de languidez! (Amor idealizado, na forma mais espiritual, destacando as palavras “Palidez” e “languidez”, retrantando uma mulher inacessível.)

    Vem, anjo, minha donzela,
    Minha’alma, meu coração! ( Novamente a idealização de uma mulher perfeita, ultilizando a palavra “Anjo” e “donzela”.)

    Que noite, que noite bela! [...] Da noite ao mole frescor, (A ambiência noturna.)

    Quero em teus lábios beber
    Os teus amores do céu,
    Quero em teu seio morrer ( Aqui percebemos o desejo de conquistar a mulher amada. E a ultilização da morte por ser uma fulga para poder ficar com ela.)
    Quero em teu seio morrer [...] Morrer contigo de amor! (O uso da morte como uma forma de se livrar da dor de não poder tê-la.)


    Atividade 2: Listar/Elaborar uma cronologia a partir das informações no texto Romantismo na Literatura (espere a página carregar totalmente, não mexa no mouse, pois o verbete é muito maior que a seção de Literatura, inclusive foi escrito por muitas pessoas).

    Romantismo na Literaura: Em primeiro lugar, as manifestações em poesia e prosa popular na Inglaterra são os primeiros antecedentes, embora sejam consideradas “ Pré- românticas” em sentido lato.
    Em segundo lugar, os alemães procuraram renovar sua literatura através do retorno à natureza e à essência humana, com assídua recorrência ao "pré-Romantismo extra-oficial" da Inglaterra. E em terceiro lugar, a difusão européia do Romantismo tomou como românticas as formas pré-românticas da Inglaterra e da Alemanha, privilegiando, portanto, apenas o sentimentalismo em detrimento da complicada reflexão do Romantismo de Jena. Seguindo a cronologia do Romantismo na literatura:
    1742 - Pensamentos noturnos por Edward Yong;
    (Tempestade e ímpeto - Tríade 1773 à 1775)
    1773 - Extrato da correspondência sobre Ossian e as canções dos povos antigos por Herder;
    1774 - O sofrimento do jovem Wether por Goethe;
    1785 - Ode à alegria por Schiller;
    1795 - Reedição de Pensamentos noturnos por Blake;
    1798 - Baladas líricas por Coleridge e Wordworth;
    1815 - Romantismo na musica, primeiras evidências começam com Beethoven;
    1817 -Hino a beleza intelectual por Shelley;
    1817 - Endymion por Keats;
    1818 - Peregrinação de Child Haraold por Byron;
    1825 a 1865 - Romantismo em Portugal que teve inicio com com a publicação do poema de “Camões” , de Almeida Garrett;
    1825 a 1840 - Primeira geração do romantismo em Portugal, tendo como os principais autores são Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Antônio Feliciano de Castilho;
    1840 a 1860 - Segunda geração do romantismo em Portugal, teve como principais autores, Camilo Castelo Branco e Soares de Passos;
    1860 a 1870 - Terceira geração, teve como principais autores Júlio Dinis e João de Deus;
    1836 a 1881 - Romantismo no Brasil;
    Primeira Geração, autores que se destacaram Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias e Araújo Porto Alegre;
    Segunda Geração, autores que se destacaram foram Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela, Junqueira Freire e Pedro de Calasans;
    Terceira Geração ,autores que se destacaram foram Castro Alves, Sousândrade e Tobias Barreto;


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  29. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
    Aluna:Juliana Araújo Oliveira
    Professor:Camillo Cavalcanti
    Curso:Letras Vernáculas

    Atividde1- Quais foram as principais ideia do new criticism ,destacadas por Teixeira1

    A vertente da critica representada por William Empson,T.S.Eliot defendeu o close reading,criando conceitos fundamentais,como o do ''correlato objetivo''.
    A maior contribuição do new criticism para a leitura consciente do poema consiste na definição da autonomia do texto literário ,que passou a ser entendido como uma entidade independente,livre das supostas relações determinantes da sociedade com o artista e deste com o texto.
    O texto no correlato objetivo funciona como a concretização de uma experiência,sem se confundir com a ideia de projeção de traços da personalidade do autor.
    O new criticism não concorda com a Falácia da Intuição,pois acredita que a interpretação do texto não deve levar em conta a intenção do autor.Da mesma forma ,não se deve atribuir valo hermenêutico á ideia de que o significado do texto deve coincidir com a decifração dos possíveis sentimentos que lhe deram origem.

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    1. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
      Aluna:Juliana Araújo Oliveira
      Professor:Camillo Cavalcanti
      Curso:Letras vernáculas 1 semestre
      continuação da atividade1-Quais as principais ideias do new criticism,destacadas por Teixeira1
      -O new criticism recusa a Falácia da Emoção,pois acredita que essa orientação confunde o que o poema faz com aquilo que ele é.
      -A análise da emoção provocada pela arte pertence á psicologia;á crítica compete a investigação formal do poema,procurando nele os elementos desencadeadores da emoção.
      -A função do analista é examinar,e não seu efeito.
      -

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  30. Continuação da ativridade1 Quais foram principais ideias do new criticism,destacadas por Teixeira1
    -A função do analista é examinar o texto,e não seu efeito.

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  31. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB
    Disciplina: Literatura Brasileira V Prof. Camillo Cavalcanti
    Discente: Danilo Dias VII semestre do curso de Letras Vernáculas.

    Atividade1: Ler o verbete Sentimentalismo e identificar as características do Sentimentalismo e ou Mal do Século na poesia de Álvares de Azevedo, citando versos que demonstrem o vínculo.
    Fruto de uma juventude idealista e sonhadora, o Sentimentalismo foi uma primeira e embrionária forma de desestruturar os cânones da tradição clássica, confundida com padronização, repressão e controle das instituições políticas e religiosas. De fato hoje se sabe que a subjetividade pode aflorar nas formas fixas das redondilhas, dos sonetos, das sextinas (por ex., Cláudio Manuel da Costa), mas, à época, não se compreendia assim. Em todo caso, foi à maneira que a intelectualidade encontrou para promover uma luta emancipatória e esclarecedora em favor da construção da subjetividade, antes alienada nas convenções de linguagem.
    Podendo mergulhar na sua intimidade e recusar a alienação da forma universal/universalista, o romântico passa a ter consciência de si, portanto, pensa sobre si, e ambiciona multiplicar os discursos através das experiências singulares registradas por diferentes sujeitos. Visto de hoje, o Sentimentalismo parece mais um interminável discurso de um Eu alienado em si mesmo do que a esporulação pretendida de identidades. Daí nasce outra espécie de universalismo, cujo programa é a ilusão de uma auto identidade diferenciada, porém repetida em fórmulas de evasão, diversificadas finalmente nas poéticas modernas vindouras: é o universalismo moderno.
    A peculiaridade do Sentimentalismo em Musset é a identificação do Mal-do-Século na própria vida social. Influenciado pelo fracasso das Guerras Napoleônicas de expansão, o jovem poeta viu na derrota militar-estratégica a metáfora de uma derrota existencial, já que, evidentemente, a derrota é composta por derrotados.
    Álvares de Azevedo é o primeiro grande autor melancólico no Brasil. É ele quem transforma a amada num ente inatingível, sublimando o objeto e depreciando a si mesmo: a questão melancólica se instaura como problema fundamental. Nele, podemos observar a intrínseca relação entre a amada e a cor branca. A figura feminina se caracteriza por adjetivos como nívea, virgem e pálida, que determinam três aspectos essenciais de sua amada: imaterialidade, pureza e doença.

    Atividade 2: Listar/Elaborar uma cronologia a partir das informações no texto Romantismo na Literatura.
    1742 - Pensamentos noturnos por Edward Young;
    (Tempestade e ímpeto - Tríade 1773 à 1775)
    1773 - Extrato da correspondência sobre Ossian e as canções dos povos antigos por Herder;
    1774 - O sofrimento do jovem Werther por Goethe;
    1785 - Ode à alegria por Schiller;
    1795 - Reedição de Pensamentos noturnos por Blake;
    1798 - Baladas líricas por Coleridge e Wordworth;
    1815 - Romantismo na música, primeiras evidências começam com Beethoven;
    1817 - Hino à beleza intelectual por Shelley;
    1817 - Endymion por Keats;
    1818 - Peregrinação de Child Haraold por Byron;
    1825 a 1865 - Romantismo em Portugal que teve inicio com com a publicação do poema de “Camões” , de Almeida Garrett;
    1825 a 1840 - Primeira geração do romantismo em Portugal, tendo como os principais autores são Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Antônio Feliciano de Castilho;
    1840 a 1860 - Segunda geração do romantismo em Portugal, teve como principais autores, Camilo Castelo Branco e Soares de Passos;
    1860 a 1870 - Terceira geração, teve como principais autores Júlio Dinis e João de Deus;
    1836 a 1881 - Romantismo no Brasil;
    Primeira Geração, autores que se destacaram Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias e Araújo Porto Alegre;
    Segunda Geração, autores que se destacaram foram Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela, Junqueira Freire e Pedro de Calasans;
    Terceira Geração ,autores que se destacaram foram Castro Alves, Sousândrade e Tobias Barreto;



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  33. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
    Aluno: Danilo de Jesus
    Professor:Camillo Cavalcanti
    Curso:Letras vernáculas 1 semestre

    Atividade 1 : Ler o verbete Sentimentalismo e identificar as características do Sentimentalismo e/ou Mal do século na poesia de Álvares de Azevedo, citando versos que demonstrem o vínculo.

    A exaltação da amada e a desvalorização de Si mesmo é uma das caraterística do sentimentalismo em Álvares de Azevedo:

    "Não te rias de mim, meu anjo lindo!
    Por ti — as noites eu velei chorando
    Por ti — nos sonhos morrerei sorrindo!"

    No poema abaixo verificamos algumas características do Mal-do-Século: a angústia/sofrimento, o amor não realizado, a morte por libertação:

    “Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!
    Não levo da existência uma saudade!
    E tanta vida que meu peito enchia
    Morreu na minha triste mocidade”

    Aqui o Eu lírico começa descrevendo a angústia que se encontra.

    Depois se questiona do porque viver já que sua alma adoeceu sem esse amor:

    “Misérrimo! Votei meus pobres dias
    À sina doida de um amor sem fruto,
    E minh'alma na treva agora dorme
    Como um olhar que a morte envolve em luto.”

    Portanto, já que não pode viver sem seu amor deseja a morte como libertação deste sofrimento:

    “Que me resta, meu Deus? Morra comigo
    A estrela de meus cândidos amores,
    Já não vejo no meu peito morto
    Um punhado sequer de murchas flores!”

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  34. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB
    Disciplina: Literatura Brasileira V Prof. Camillo Cavalcanti
    Discente: Sheila Ferreira dos Santos VII semestre do curso de Letras Vernáculas.

    Resposta da primeira questão:

    Amor
    Amemos! Quero de amor
    Viver no teu coração!
    Sofrer e amar essa dor
    Que desmaia de paixão!
    Na tu'alma, em teus encantos
    E na tua palidez
    E nos teus ardentes prantos
    Suspirar de languidez!
    Quero em teus lábio beber
    Os teus amores do céu,
    Quero em teu seio morrer
    No enlevo do seio teu!
    Quero viver d'esperança,
    Quero tremer e sentir!
    Na tua cheirosa trança
    Quero sonhar e dormir!
    Vem, anjo, minha donzela,
    Minha'alma, meu coração!
    Que noite, que noite bela!
    Como é doce a viração!
    E entre os suspiros do vento
    Da noite ao mole frescor,
    Quero viver um momento,
    Morrer contigo de amor!

    No poema “amor” de Alvares de Azevedo podemos ver que o eu poético demonstra estar apaixonado por uma mulher. Ele, assim como o texto “Sentimentalismo” mostra, caracteriza sua amada como pálida, donzela e anjo. Quando a mada é caracterizada como “pálida” isso é relacionado a alguma doença que a esta podia ter. Mostra-se também envolto de uma melancolia por não ter a amada perto de si e mostrando uma ansiedade em ter sua amada nos braços.


    Resposta da 2 questão

    1742 -Pensamentos Noturnos, Edward Young
    1773 -Extrato da correspondência sobre Ossian e as canções dos povos antigos por Herder

    1774 - O Sofrimento do Jovem Werther, . Goethe
    1785 - Ode à Alegria por Schiller

    1793 – O casamento do céu e do inferno de William Blake
    1798 - Baladas Líricas, Coleridge e Wordsworth
    1880 – Publicação do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas escrito por Machado de Assis
    1815 - Aparece as primeiras evidências do romantismo na música com Beethoven
    1822 – início do romantismo no Brasil
    1825 – Primeira geração do romantismo em Portugal. Principais poetas : Domingos José Gonçalves de Magalhães (1811 a 1882); Manuel de Araújo Porto Alegre (1806 a 1879); Antonio Gonçalves Dias (1823 a 1864)
    1840 - Segunda geração do romantismo em Portugal. Principais autores: Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Junqueira Freire e Fagundes Varela.
    1860 – Terceira geração do romantismo em Portugal. Principais autores: Castro Alves e Sousândrade.


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    1. A resposta 1, além de estar fora da pergunta, está insuficiente. A resposta 2 está ok.

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    2. Professor não entendi o motivo da minha resposta estar fora da pergunta, já que o enunciado da questão pedi que eu analise um poema de Alvares de Azevedo. Ela pode até estar insuficiente, mas não fora da pergunta. Por favor peço que releia.

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    3. Sheila, você colocou também em aula esse seu questionamento de metodologia pedagógica, especificamente na parte de critérios de correção aplicados à avaliação. Vou esclarecer sua dúvida: leia a resposta do aluno Danilo de Jesus, do I semestre, logo acima desse seu post. A resposta do calouro está dentro da pergunta porque ele citou versos e os relacionou com características do mal-do-século. O enunciado da questão não pedia "analise um poema", como você escreveu. E é exatamente por isso que está fora da pergunta. A turma dos calouros muitas vezes pode ensinar bastante.

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  35. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
    Aluna:Juliana Araújo Oliveira
    Professor:Camillo Cavalcanti
    Curso: Letras vernáculas -1 semestre

    Atividade2:1Qual o principal procedimento de I.A.Richard,segundo Fry'
    -A ciência pode ser a base de um texto,e não apenas o sensitivo.pois na escrita existem dois lados,o científico e o emotivo.
    -2 Qual o principal procedimento de William Empson,segundo Fry1
    Empson não se preocupa com o todo do texto na unidade do poema.Ele analisa os trechos separadamente,de forma sistemático.
    -3 Qual a principal diferença entre os dois críticos,segundo Fry1
    Empson,ao contrário de Richard,não crê que tudo é torno do leitor ou da experiência dele com a literatura.Para ele a critica literária è sempre um apelo à intenção autoral.



    P

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  36. UESB – Licenciatura em Letras
    Teoria Literária – Prof. Camillo Cavalcanti
    Aluna: Laize Soares Malta

    Atividade 1: Quais foram as principais ideias do New Criticism, destacadas por Teixeira?

    • Teixeira destaca que pela perspectiva do New Criticism, todo texto deve ser compreendido por sua unidade e autonomia, isso quer dizer que elementos biográficos, histórico, intenção do autor e reação do leitor devem ser ignoradas., pois o texto deve ser compreendido por si.
    • O inglês I. A. Richards, e o anglo americano T. S. Eliot (que foi um dos primeiros críticos da língua inglesa), são tidos como os grandes inspiradores dessa prática crítica. Eliot contraria noções consagradas do século XIX, ele recusa a ideia de entender a poesia como expressão da personalidade do poeta, ou seja em vez dele entender o poema como consequência de sentimentos pessoais, ele passa a encarar como forma de apropriação pessoal da tradição literária, em que a visão individual das coisas devem se transformar em sabedoria técnica.
    • Duas noções importantes do New Criticism: a falácia da intenção “Intentional fallacy” (1946), que é a ideia de que o entendimento de um texto resulta na intenção do autor ou até mesmo na identificação de seus sentimentos, e a falácia da emoção “Affective fallacy” (1949) que consiste na ideia de que a análise do poema se confunde com a emoção provocada por eles. Esses dois ensaios, fundamentais para as formulações da nova crítica, foram escritos em parcerias por W. K. Wimsatt e Monroe C. Beardsley. • Paráfrase: É a tradução de textos difíceis em termos simples e prosaicos. Ela é recusada pelos “novos críticos”, pois eles entendem que o verdadeiro entendimento de uma imagem não consiste na captação de seu significado lógico, mas sim na percepção de sua configuração estética.
    Trabalhos:
    • Empson: Seven Types of Ambiguity e Some Versions of Pastoral estão entre os trabalhos mais ilustres do movimento Neo Crítico.
    • Richards: Practical Criticism é um dos trabalhos mais "teóricos" da Neo Crítico; ele é uma reflexão sobre o método da crítica.
    • Wimsatt e Beardsley: "A Falácia Intencional" e "A Falácia Afetiva.”
    • Brooks: The Well-Wrought Urn está entre os melhores exemplos de uma explicação Neo Crítica para poesia. Também é muito referenciado por seu ensaio "The Heresy of Paraphrase" e suas discussões sobre paradoxo na literatura.
    • Ransom: O ensaios "The New Criticism," do qual deriva o nome do movimento.

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  37. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
    Teoria Literária - Camillo Cavalcanti.
    Letras Vernáculas - 1º semestre.
    Kércia Rosario Fiuza Oliveira
    TEORIA LITERÁRIA
    Atividade 1: Ler o texto de Ivan Teixeira sobre o New Criticism
    1. Quais foram as principais ideias do New Criticism, destacadas por Teixeira?
    • O texto literário passou a ser compreendido como uma entidade independente, livre de qualquer relação entre sociedade, autor e destes com o texto.
    • Para T. S. Eliot, a poesia não é fruto da expressão da personalidade do poeta, mas de um resultado consciente do trabalho do espírito, que organiza as experiências da personalidade. Ele certifica que só a visão individual das coisas pode se transformar em sabedoria técnica, daí nasce uma das noções eliotianas mais influentes no new criticism, o correlato objetivo.
    O correlato objetivo concretiza a experiência do autor no texto, sem confundir projeção de traços da personalidade do autor. Como abordou Teixeira “Quanto mais íntima a relação entre os elementos do correlato objetivo e a vivacidade da emoção, tanto maior a eficácia do texto”.
    • O livro “New Criticism”, de John Crowe Ramsom, publicado em 1941. Consolidou os critérios para uma leitura imanente do texto poético, propondo que todo poema deve ser lido como se fosse um pequeno drama e ou ficção. Destacando-se nele um falante, uma estória e sua transmissão a um suposto ouvinte. Seja o poema lírico, satírico, épico ou dramático sempre tem pequenos traços de uma ficção, e como tal deve ser lido.
    Não deve considerar a bibliografia do autor para análise, mesmo que haja uma experiência pessoal do poeta implícita na poesia, ela é fictícia.
    • Falácia da intenção é baseada na ideia de que ao descobrir a intenção do autor ou de seus sentimentos, compreende-se o texto. Porém o New Criticism defende que a interpretação do texto não deve levar em conta as intenções do autor, ao contrario o entendimento do texto deve fundar-se em pressupostos objetivos. Diante disto, Teixeira destaca “’Se diante de uma imagem obscura, o leitor interroga: o que o autor quis dizer com isso?, está incorreto na falácia da intenção pois confunde o poema com sua origem.’’
    • Falácia da emoção consiste na idéia de que a análise do poema se confunde com o exame da emoção provocada por ele. O New Criticism é contra a essa ideia, baseando “no argumento de que essa orientação confunde o que o poema faz com aquilo que ele é”. Analisar a emoção provocada pela arte pertence à psicologia, enquanto a crítica cabe a investigação formal do poema, procurando nele os elementos que causam emoção.
    • Heresia da paráfrase: o New Criticism condena a paráfrase por que não considera que o entendimento consiste na captação do seu significado lógico, mas na percepção de sua configuração estética. Então para ele a boa leitura será a que souber “integrar as figuras de linguagem à harmonia totalizante do texto e, ao mesmo tempo, descobrir sua função na geração do significado poético”.
    Segundo Teixeira (1998), “Em síntese, cada passo da leitura deve se integrar a um sistema coeso de cognição, encaixar-se numa teoria. Assim como a paráfrase, evita-se também a message-hunting, isto é, a leitura que encara a poesia como mero instrumento de conteúdos ou sabedorias práticas. Pela perspectiva da ‘nova crítica’, a sabedoria da arte decorre, não da apreensão das mensagens, mas do convívio desinteressado com as formas que as engendra.”
    • New Criticism no Brasil, Afrânio Coutinho foi um dos primeiros a incorporar princípios do New Criticism.

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  38. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
    Teoria Literária - Camillo Cavalcanti.
    Letras Vernáculas - 1º semestre.
    Kércia Rosario Fiuza Oliveira
    TEORIA LITERÁRIA

    Atividade 2: Assistir à aula do Prof. Paul Fry na University of Yale.
    1. Qual o principal procedimento crítico de I. A. Richards, segundo Fry?
    Segundo o professor Paul Fry, a critica de Richards é baseada em como a mente é afetada pelo que lê. Ele tem também como foco intelectual entender “qual a necessidade é respondida pela literatura e como a psique responde à literatura o que é bom ou é ruim nas respostas psíquicas e assim por diante”. Neste seu foco intelectual é perceptível a grande influência que a psicologia tem em sua base critica.
    Outro aspecto de Richards é acreditar piamente na referência, ou seja, na maneira em que a linguagem realmente pode se ligar ao mundo, a declaração verificável e falsificada é para ele a essência da prática científica.
    De acordo com Paul Fry, outro aspecto importante para Richards é que ele inverte a ideia de que é a arte que é autônoma, como acreditavam Sidney, Kant, Coleridge, Wilde e Winsat. Ele diz que a ciência é autônoma e com isso, ele quer dizer que os fatos científicos podem ser descritos em forma de declaração, sem a necessidade de qualquer tipo de contexto psicológico ou dependência das variedades de necessidades humanas. Nesse sentido, eles são autônomos por serem uma declaração pura, organizada e sem influências de fatos ou falsidades. Então Richards diz: “Declarar a ciência autônoma é muito diferente de subordinar todas as nossas atividades a ela”.
    Richards usa o termo declaração como significado de ciência e pseudodeclaração para poesia. Ele defende poesia como pseudodeclaração, que para ele é apenas outro nome para o que ele chama de ficção, ele na poesia tudo e falso e arcaico, que ele compreende como pseudodeclaração.
    Richard diz “a poesia é capaz de nos salvar”, ou seja, a poesia é capaz de fazer agora, o que a religião costumava fazer. Ele se agarrava a uma sensação importantíssima da poesia, que é a de harmonizar as necessidades conflitantes. Evocar os desejos dos seres, independentemente da verdade em suas formas complicadas e caóticas e sintetiza-los em algo que equivale a paz psicológica.

    2. Qual o principal procedimento crítico de William Empson, segundo Fry?
    William Empson foi aluno de graduação de Richards. William achava q algo poderia ser escrito sobre a ambiguidade, e perguntou a Richards se ele se importaria se ele trabalhasse nisso, e Richards o incentivou. Então essa escrita sobre ambiguidade resultou em um dos maiores livros da critica do século XX, “Seven Types of Ambiguity”.
    Para Fry, Empson é a pessoa mais engraçada que já escreveu crítica literária, é o mais cômico para se fazer uma crítica literária, tem todos os atributos de um bom escritor de quadrinhos. Ele se interessa pela intenção autoral, ou seja, para ele a crítica literária é sempre um apelo à intenção autoral. Empson faz uma grande análise de pequenas partes do texto, enquanto os demais críticos costumam analisar o todo.

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  39. Continuação da atividade 2: Atividade 2: Assistir à aula do Prof. Paul Fry na University of Yale.
    3. Qual a principal diferença entre os dois críticos?
    Os dois críticos tem em comum a questão no sentindo da harmonia, Empson segue o raciocínio do seu professor Richards neste sentido. Todavia, as diferenças são maiores. Richards se interessa em como a mente do leitor é afetada pelo que se lê, já Empson se interessa pela intenção autoral, como diz Paulo Fry, para Empson a crítica literária é sempre um apelo à intenção autoral. Ele não se adapta a ideia de que tudo é sobre o leitor ou sobre a experiência do leitor de literatura. Para Empson as intenções do autor, texto, e leitor não devem ser examinadas separadamente, devem estar juntos e há uma interdependências entre essas funções.
    Outra diferença importante entre eles é: Empson não se preocupa com o todo do texto, na unidade do poema. Ele deixa por conta de quem lê a critica decidir se tem uma verdadeira influência sobre o totalidade ou a totalidade literária ou unidade. Outro aspecto que diferencia Empson de Richards e também dos posteriores Novos Críticos é que talvez a poesia não consiga reconciliar necessidades conflitantes enquanto Richards ver a poesia como forma de harmonizar as necessidades conflitantes, segundo ele ela é capaz de nos salvar.

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  40. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
    Teoria Literária - Camillo Cavalcanti.
    Letras Vernáculas - 1º semestre.
    Kércia Rosario Fiuza Oliveira

    LITERATURA BRASILEIRA

    Atividade1: Ler o verbete Sentimentalismo e identificar as características do Sentimentalismo e ou Mal do
    Século na poesia de Álvares de Azevedo, citando versos que demonstrem o vínculo.

    Soneto (Álvares de Azevedo)
    Pálida À luz da lâmpada sombria,
    Sobre o leito de flores reclinada,
    Como a lua por noite embalsamada,
    Entre as nuvens do amor ela dormia!

    Era a virgem do mar, na escuma fria
    Pela maré das águas embalada!
    Era um anjo entre nuvens d'alvorada
    Que em sonhos se banhava e se esquecia!

    Era mais bela! o seio palpitando
    Negros olhos as pálpebras abrindo
    Formas nuas no leito resvalando

    Não te rias de mim, meu anjo lindo!
    Por ti - as noites eu velei chorando,
    Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!
    Na primeira estrofe a mulher amada de Alvares é descrita pela sua palidez (característica forte do mal do século), que se opõe à sombria lâmpada que a ilumina. A amada está adormecida, é retratada através de um mundo irreal, idealizado e distante. Como pode uma mulher dormir entre as nuvens do amor? Então deixa claro uma atmosfera vaga e imaterial.
    Na segunda estrofe, o eu lírico acrescenta elementos marinhos, como: “virgem do mar” e “maré das aguas”, isto para descrever a amada que continua adormecida. Virgem é outra característica do mal do século. Ele compara a amada com um anjo, pode-se destacar dois aspetos importantes: anjos são seres distantes, remetem a coisas impossíveis, demostrando assim um amor impossível.
    Na terceira estrofe a amada do eu lírico começa a despertar e é caracterizada por um conjunto de aspectos materiais, como: “seio palpitando”, “formas nuas” e “pálpebras abrindo.
    Na quarta estrofe o eu lírico continua a manter com a virgem um sentimento amoroso, distante e não realizado. No verso, “Por ti - as noites eu velei chorando” mostra o sentimento de sofrimento e dedicação, isto dar a entender que o eu lírico percebe q não pode ficar com a amada, então a morte como saída para a frustação amorosa.
    Todas as estrofes do soneto de Alvares de Azevedo mostram as características do sentimentalismo e ou mal do século.

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    Respostas
    1. Sua interpretação está boa, mas a atividade pede para citar versos (poderiam ser de diferentes poemas de A. Azevedo) que expressem as características do mal-do-século. Cf. o post de Stefane Leite

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  41. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
    Teoria Literária - Camillo Cavalcanti.
    Letras Vernáculas - 1º semestre.
    Kércia Rosario Fiuza Oliveira

    Atividade 2: Listar/Elaborar uma cronologia a partir das informações no texto Romantismo na Literatura.
    1742 - Pensamentos Noturnos de Edward Young, re-editados por Blake em 1795, influenciarão o Ultra-Romantismo;
    1773 – extrato da correspondência sobre Ossian e as canções dos povos antigos de Herder;
    1774 - O Sofrimento do Jovem Werther de Goethe;
    1785 – Ode à alegria de Schiller;
    1793 - O Casamento do Céu e Inferno de William Blake, atravessará o Romantismo até o simbolismo;
    1795 - Pensamentos Noturnos de Edward Young, re-editados por Blake;
    1798 – Baladas Líricas de Wordsworth;
    1817 - Hino à Beleza Intelectual de Shelley/ Endymion de Keats;
    1818 - Peregrinação de Childe Harold de Byron;
    1825 a 1865 - Romantismo em Portugal que teve inicio com com a publicação do poema de “Camões” , de Almeida Garrett;
    1825 a 1840 - Primeira geração do romantismo em Portugal, tendo como os principais autores são Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Antônio Feliciano de Castilho;
    1836 a 1881 - Romantismo no Brasil;
    1840 a 1860 - Segunda geração do romantismo em Portugal, teve como principais autores, Camilo Castelo Branco e Soares de Passos;
    1860 a 1870 - Terceira geração, teve como principais autores Júlio Dinis e João de Deus;
    1880 – ate onde perdura o romantismo no Brasil, Com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas, por Machado de Assis.
    1881 - ocorre formalmente a passagem para o período realista.

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  42. UESB
    Teoria Literária – Prof. Camillo Cavalcanti
    Aluna: Laize Soares Malta
    I Semestre – Letras Vernáculas

    Atividade 2: Assistir à aula do professor Paul Fry na University of Yale.

    2.1 Qual o principal procedimento crítico de I. A. Richards, segundo Fly?
    Segundo o professor Fly, o foco intelectual do trabalho de Richards são as referências. Antes de se juntar ao departamento de inglês, na Universidade de Combridge, Richards era um psicólogo, por isso, apesar de seu assunto ser a literatura, ele sempre falava sobre a psicologia humana, e levantava questões como, qual necessidade é respondida pela literatura, como a psique responde à literatura, o que é bom e ruim nas respostas psíquicas. Para Richards, a leitura é sobre a experiência, ou seja, a maneira em que a mente é afetada pelo que se lê. Ele não compartilha com a maioria dos escritores e artistas um tipo de desgosto pela ciência. Ele inverte a ideia sobre Sidney, Kant, Coleridge, Wilde e Wimsatt, para ele a arte não é autônoma, mas sim a ciência. Com isso, ele quer dizer que os fatos científicos podem ser descritos em declarações (sentenças), sem a necessidade de qualquer tipo de conceito psicológico ou dependência das variedades de necessidades humanas.
    Mais tarde Richards altera seu vocabulário e já não fala de linguagem científica e emotiva. Ele agora usa o termo DECLARAÇÃO como significado de ciência, e PSEUDODECLARAÇÃO para poesia. Fly destaca, que para I. A. Richards a poesia poderia nos salvar.

    2.2 Qual o principal procedimento crítico de William Empson, segundo Fry?
    Fly considerava Empson a pessoa mais engraçada que já escreveu crítica literária, pois ele consegue envolver a habilidade de um verdadeiro cômico. Considera Empson um inovador. William Empson queria escrever algo sobre ambiguidade, e Richards, que era seu professor na graduação, o incentivou. Esse manuscrito sobre ambiguidade resultou em um dos maiores livros da crítica do século XX, “Seven Types of Ambiguity”. Ele faz grandes análises de pequenos textos, e isso o diferencia dos demais críticos, pois a maioria costuma analisar o todo de um texto.

    2.3 Qual a principal diferença entre os dois críticos?
    Fly destaca que há algo bastante diferente entre Richards e Empson. Empson não se adapta à ideia de que tudo é sobre o leitor, ou até mesmo a experiência do leitor de literatura, já Richards está interessado na resposta do leitor. Empson se interessa pela intenção autoral, para ele existe uma espécie de mistura sintética. Fly destaca também que a coisa mais importante que os diferencia é que Empson não está interessado na unidade de um poema, e mais, ele diz que talvez a poesia não tenha como reconciliar as necessidades conflitantes, como achava Richards.

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  45. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
    Teoria Literária - Professor Camillo Cavalcanti
    Aluna: Stefane Leite Lima Andrade
    Letras Vernáculas - Semestre I


    LITERATURA BRASILEIRA

    Atividade1: Ler o verbete Sentimentalismo e identificar as características do Sentimentalismo e ou Mal do Século na poesia de Álvares de Azevedo, citando versos que demonstrem o vínculo.

    Resposta: No Poema Lelia de Álvares de Azevedo é perceptível o uso de características do Sentimentalismo e do Mal do Século. Vejamos alguns versos:

    LELIA - Álvares de Azevedo

    Primeira estrofe:
    Passou talvez ao alvejar da lua,/ Como incerta visão na praia fria... [...]

    Segunda estrofe:
    Uma noite, aos murmúrios do piano/ Pálida misturou um canto aéreo...[...]

    Quinta estrofe:
    Não chora por ninguém... e quando, à noite, / Lhe beija o sono as pálpebras sombrias / Não procura seu anjo à cabeceira / E não tem orações, mas ironias!

    Sexta estrofe:
    Nunca na terra uma alma de poeta, / Chorosa, palpitante e gemebunda [...]

    Sétima estrofe:
    [...] As notas puras da paixão ignora, / Não teve nunca n'alma adormecida / O fogo que inebria e que devora!

    Décima estrofe:
    Há nesse ardente olhar que gela e vibra,/ Na voz que faz tremer e que apaixona / O gênio de Satã que transverbera, / E o langor pensativo da Madona!

    Última estrofe:
    É formosa, meu Deus! Desde que a vi / Na minh'alma suspira a sombra dela... /E sinto que podia nesta vida / Num seu lânguido olhar morrer por ela.

    Por se tratar de um autor melancólico, Álvares apresenta no poema vários versos em que o Eu-lírico fala sobre seu encanto, sua paixão e seu amor pela amada. (Sentimentalismo)
    Em outros versos nota-se a presença do: Ambiente Lírico em "Noite", "Praia" e "Lua" / Sentimentos Imperativos / Mulher Amada. ( Características do Mal-do-Século)

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  46. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
    Teoria Literária - Professor Camillo Cavalcanti
    Aluna: Stefane Leite Lima Andrade
    Letras Vernáculas - Semestre I

    Atividade 2: Listar/Elaborar uma cronologia a partir das informações no texto Romantismo na Literatura.

    Resposta:
    Os autores ingleses mais conhecidos do Pré-Romantismo "extra-oficial" foram:
    1742 - Edward Young (Night Thoughts - Pensamentos Noturnos / Em 1795 Pensamentos Noturnos de Edward Young foi Reeditado por W.Blake )
    1793 - William Blake (O Casamento do Céu e Inferno)

    Romantismo “oficial”:
    1798 - Samuel Taylor Coleridge e William Wordsworth (Baladas Líricas)
    1817 - Percy Bysshe Shelley (Hino à Beleza Intelectual)
    1817 – John Keats (Endymion)
    1818 - Byron (Peregrinação de Childe Harold)

    Pré-Romantismo oficial: Os Alemães procuraram renovar sua literatura através do retorno à natureza e à essência humana, com assídua recorrência ao "pré-Romantismo extra-oficial" da Inglaterra. Temos então:

    1773 - Herder (Extrato da correspondência sobre Ossian e as canções dos povos antigos)
    1774 - Goethe (O Sofrimento do Jovem Werther)
    1785 - Schiller (Ode à Alegria)

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  47. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia- uesb
    Teoria Literária - Prof. Dr. Camillo Cavalcanti
    Letícia Mendes Lima

    Atividade 1:
    Quais foram as principais ideias do New Criticism destacadas por Teixeira?
    Ivan Teixeira aponta sobre as principais contribuições do New Criticism, Nova Crítica, em que relata a maior contribuição dessa nova crítica para a leitura conciente do poema consiste na definição da autonomia do texto literário, que passou a ser entendido como uma entidade independente, livre das supostas relações determinantes da sociedade como artista e deste com o texto. As raízes imediatas da leitura intrínseca do texto encontra-se em T.9 Eliot um dos primeiros críticos de língua inglesa a se empenhar na formulação de uma teoria objetiva da arte.
    ... nenhum poeta, nenhuma artista, tem sua significação completa sozinho. Seu significado e a apreciação que deles fazemos contituem a apreciação de sua relação com o poeta e os artistas mortos {1989:39}.
    Eliot recusou a ideia de poesia como expressão da personalidade do poeta, concebendo-a como resultado conciente do trabalho do espírito, que organiza as experiencias da personalidade. Nasci daí uma das noções eliotianas mais influentes do New Criticism e na crítica posterior: O correlato objetivo, cuja teorização se acha no ensaio " Hanlet and his problems".
    Quanto mais íntima a relação entre os elementos do correlato objetivo e a vivacidade da emoção, tanto maior a eficacia do texto. O correlato objetivo pode indicar não apenas um determinado procedimento artístico, mas um conjunto acabado de uma obra.

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  48. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
    Teoria Literária, professor Camillo Cavalcanti
    Aluna: Emanoela Luz Souza

    Atividade 1:
    Ivan Teixeira aponta, inicialmente, como característica do New Cristicism o close reading, que consiste numa abordagem minuciosa dos elementos técnicos ou formais do enunciado político do texto literário - é o correlato objetivo, que dá certa autonomia ao texto literário, uma vez que, para sua análise, não se deve levar em conta a vida do autor ou aspectos da sociedade para seu entendimento. O que deve ser analisado é o que está presente, literalmente, no texto, e não aspectos/situações externas a ele. Surge, aí, com T. S. Eliot, a teoria objetiva da arte.
    Outros conceitos do New Cristicism, destacados por Teixeira são o da falácia da intenção, que consiste em imaginar a intenç e sentimentos do autor para e entendimento a obra literária (o que, como já dito, foi recusado pela Nova Crítica), e o conceito da falácia da emoção. Para esta, o entendimento do texto literário depende também do entendimento da emoção provocada pela leitura de um poema, por exemplo, o que a Nova Crítica também condena e diz que a análise da emoção em si é tarefa da psicologia e outras ciências correlatas e que cabe à Literatura análise objetiva dos elementos desencadeadres dessa emoção no leitor, a partir da análise de dados concreto, das palavras escritas no poema. Da mesma forma, os novos críticos condenavam também a teoria paráfrase, segundo a qual a simples de codificação ou reescrita do poema em termos menos obscuros que os utilizados pelo poeta, ou mais compreensíveis, seria suficiente para o entendimento do texto literário. Para a Nova Crítica, o entendimento do texto é consequência da compreensão das estratégias utilizadas na escrita, como a identificação de metáforas e/ou paradoxs, por exemplo.
    No Brasil, Afrânio Coutinho foi o representante mais conhecido do New Cristicism, inicialmente.

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  50. Prezados alunos,
    Eu gostei das respostas, pois demonstram o interesse da turma de modo geral. As respostas maiores sinalizam mais atenção, entendimento e proveito do que as menores.

    A organização também é importante, de modo que as respostas dadas em tópicos expõem as ideias com mais clareza e objetividade, podendo mais facilmente serem utilizados quando necessário.

    No âmbito geral, as turmas de Teo Lit e a turma de Lit Bras têm participado com interesse. Por isso, considero que estamos realizando um bom trabalho.

    Abraço a todos.

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  51. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
    Teoria Literária - Camillo Cavalcanti.
    Letras Vernáculas - 1º semestre.
    Fernanda Gusmão

    Atividade 1: Ler o texto de Ivan Teixeira sobre o New Criticism.
    1. Quais foram as principais ideias do New Criticism, destacadas por Teixeira?
    • Independência do sentimento de subjetividade no poema.
    • Demonstração de sabedoria técnica esboçada através da obra literária. (Noção Eliotiana)
    • Disposição de elementos no poema com o intuito de desencadear reação emocional ao leitor alvo.
    • Distinção separatista entre sentimento bibliográfico do autor com sentimento gerado no leitor.
    • Noções do New Criticism (que acrescentou) à leitura e interpretação dos sonetos, a Intentional fallaçy (1946) ou falácia intencional e affective fallacy (1949) falácia emotiva.
    • Falácia intencional, o entendimento resulta do questionamento sobre as intenções do autor a escreve. Ressaltação do valor hermenêutico de significado textual, pois nem sempre coincide com a decifração do mesmo.
    Falácia emocional é retratada pela emoção ativada pela leitura do poema a esse processo é verificado e ou observado através dos pontos mecanizados pelo autor que de forma criteriosa faz uso dos mesmos para acionar tais emoções no leitor alvo. Esses mecanismos são distribuídos na obra de forma intencional e pesquisados alcançando o objetivo principal que é ativar e fazer surgir sentimentos na leitura.

    Atividade 2: Assistir à aula do Prof. Paul Fry na University of Yale.
    1. Qual o principal procedimento crítico de I. A. Richards, segundo Fry?
    Segundo Fry para Richards a leitura se envolve na experiência proporcionada à mente. É a capacidade de afetar a mente com aquilo que se escreve ou com aquilo que se lê. Fry ressalta a área da referência dentro da leitura, área esta que o próprio Richards fez declaração do concluir que a língua liga ou se refere a algo mundano. É apresentado a posição de Richards de que há uma linguagem cientifica que por si é verificável ou falsificável e há emotiva que diverge da outra. Esse termo logo após foi mudada pelo simples fato de perceber-se certa equivocação. Paul Fry enfatiza a afirmação de Richards de que a arte não possui autonomia, mas sim a ciência e que a ultima por sua vez pode ser descritos e estudado, contrariamente a arte. A arte para Richards se torna como a poesia “o salvador” do homem dessa “realidade”. Ressalta a capacidade de harmonizar os conflitos do ser, evocar os desejos, fugir de suas formas complicadas e caóticas.

    2. Qual o principal procedimento crítico de William Empson, segundo Fry?
    Incentivado pelo seu professor e mentor I. A. Richards, William Empson passou a se dedicar no ponto ambigüidade. Esse assunto rendeu um dos maiores livros da critica do século XX, “Seven Types of Ambiguity”.
    Empson buscava analisar não o texto completo de única vez, mas sim por detalhes, partes, palavras, intencionando o descobrir da tentativa do autor a se expressa por aquele detalhe, parte ou palavra. Ao analisar aquele pequeno “texto”, esse se tornava grande ou extenso por assim dizer, pois o mesmo conseguia e buscava a essência do autor para o leitor através da leitura. Importante ressaltar seu senso cômico, que o tornava cativante e curioso por diferenciá-lo dos demais críticos.

    3. Qual a principal diferença entre os dois críticos?
    A diferença consiste no foco dos dois analistas em questão, no caso, Empson e Richards. Enquanto Richards se atém à resposta do leitor à leitura visualizada, Empson se interessa pela intenção, objetivo do autor no desenrolar do poema para causar no leitor determinada mensagem ou sentimento. Existe também outra questão, Richards enfoca que as emoções despertadas no leitor através da leitura, tendem a desenvolver transformações de atitudes no mesmo, porém Empson rejeita tal afirmação e as questiona, como trazendo que o autor não busca esse foco e a leitura por si não pode mudar quem o despe com os olhos.

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